Uma carga explosiva foi detonada nesta quarta-feira na estrada da cidade síria de Deraa, sul do país, durante a passagem de um comboio de observadores da ONU, ferindo seis soldados. Foi a primeira explosão na passagem dos observadores, mobilizados desde 15 de abril para vigiar o cessar-fogo estipulado pelo plano de paz do enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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Segundo testemunhas, a carga foi detonada segundos após a passagem dos veículos da ONU, onde se encontrava o chefe da missão, o general norueguês Robert Mood. Atrás dos quatro veículos, a 150 metros, estavam os veículos do Exército sírio e os jornalistas. Nenhum integrante da missão da ONU ou jornalista foi ferido na explosão.
O Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão opositora, acusou o regime do ditador Bashar Assad de estar por trás da explosão. “Com estes ataques, a política do regime busca afastar os observadores do campo de batalha, enquanto o povo sírio pede o aumento do número de observadores”, afirmou Samir Nashar, membro do gabinete executivo do CNS. A cidade de Deraa é o berço do movimento contra o regime de Assad.
(Com agência France-Presse)