O grupo terrorista Boko Haram matou pelo menos 100 civis e deixou 500 feridos em um ataque à cidade camaronesa de Fotokol, na fronteira com a Nigéria. Cerca de 800 homens invadiram a localidade e “queimaram igrejas, mesquitas e vilas”. Os terroristas também “assassinaram jovens que se recusaram a juntar-se a eles para lutar contra as forças camaronesas”, afirmou o ministro da Informação, Issa Tchiroma Bakari.
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Os jihadistas também realizaram saques e roubaram gado. Segundo o porta-voz militar, coronel Didier Badjeck, o grupo usa civis como escudo, dificultando um confronto direto. Durante o ataque, treze soldados do Chade e seis de Camarões foram mortos. A invasão do Boko Haram, ocorrida na quarta-feira, seria uma resposta à retomada da cidade nigeriana de Gamboru pela força militar conjunta do Chade e da Nigéria, em uma ação que deixou 250 extremistas mortos, segundo as autoridades.
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O grupo, que quer impor um califado no norte da Nigéria, intensificou os ataques com a proximidade das eleições presidenciais no país, marcadas para o próximo dia 14. Para tentar conter os terroristas, a União Africana aprovou na semana passada a formação de uma força de 7.500 soldados da Nigéria, Camarões, Chade, Níger e Benin. O presidente francês, François Hollande, declarou que seu país irá ajudar com armas, apoio logístico e operacional. A França tem uma grande base aérea em N’Djamena, capital de Chade, país que conta com um dos mais poderosos contingentes militares da região e vai liderar a força multinacional.
(Com Estadão Conteúdo, EFE e Reuters)