O ex-dirigente comunista chinês Bo Xilai, protagonista do maior escândalo político recente do país, foi acusado formalmente por suborno, corrupção e abuso de poder nesta quinta-feira.
Considerado uma estrela em ascensão no panorama político da China, o ex-secretário do Partido na próspera metrópole de Chongqing caiu em desgraça depois que um antigo aliado delatou para a cúpula chinesa os esquemas de corrupção perpetrados por Xilai. Entre as denúncias mais graves, estava o envolvimento no assassinato de um empresário britânico – crime pelo qual a mulher do ex-dirigente já foi condenada.
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O teatro político por trás do caso Bo Xilai
Expulso do Partido Comunista em março de 2012, época em que o escândalo estourou, o político permanece detido desde então e não é visto em público há mais de um ano.
Julgamento – A acusação formal apresentada hoje no Tribunal de Jinan, no leste da China, assinala que Xilai se aproveitou de seu alto cargo no Partido Comunista para receber “grandes quantidades de dinheiro e de propriedades”. O ex-dirigente também é acusado de mau uso do dinheiro público, “prejudicando gravemente os interesses do Estado”.
A apresentação das acusações contra Xilai abre caminho para que o julgamento do político possa ser realizado. Fontes próximas ao caso afirmaram para o jornal South China Morning Post que o julgamento deve acontecer em meados de agosto, já que, no sistema chinês, são necessários cerca de vinte dias para a preparação do processo.
Entenda o caso Bo Xilai:
(Com agência EFE)