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Biden defende relação de confiança entre EUA e China

Vice-presidente dos Estados Unidos também pediu para estudantes chineses questionarem as autoridades

Por Da Redação
4 dez 2013, 12h39

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cobrou uma relação “baseada na confiança” entre EUA e China, durante visita oficial a Pequim nesta quarta-feira, marcada pelas tensões após a declaração chinesa de uma nova zona de identificação de defesa aérea no mar da China Oriental. Biden se reuniu com o presidente da China, Xi Jinping, em encontro no Grande Palácio do Povo que durou o dobro do tempo previsto inicialmente. Durante a primeira hora, ambos conversaram a sós e, na segunda, suas equipes entraram e participaram da reunião.

Em breves declarações à imprensa, Biden assinalou que o novo modelo de cooperação entre grandes países tem que se basear na confiança. “Se estabelecermos essa relação da maneira correta, como um modelo autenticamente novo, as possibilidades não terão limites”, ressaltou o vice-presidente americano. Xi, assegurou Biden, é uma pessoa “franca”, e a franqueza “gera confiança”.

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O presidente da China indicou que “tanto a situação internacional como o panorama regional experimentam mudanças profundas e complexas”. Por isso, disse Xi, “fortalecer a cooperação e o diálogo é a única opção correta que encaram nossos respectivos países”. “Estamos dispostos a colaborar com os EUA para estabelecer um novo modelo de relação, respeitar nossos interesses básicos e principais preocupações. Queremos aumentar nossa comunicação e coordenação em assuntos globais e regionais para tramitar de maneira apropriada questões sensíveis e diferenças entre nós”, completou o presidente chinês.

Nas declarações públicas, nenhum dos dois mencionou a zona de defesa aérea chinesa, que os Estados Unidos recentemente criticaram. Mas o assunto se tornou o protagonista da viagem asiática de Biden, anteriormente programada para promover os investimentos e as relações comerciais. O vice-presidente dos EUA passou pelo Japão e, agora, seguirá para Seul, na Coreia do Sul.

A nova zona de segurança aérea chinesa inclui reservas de gás e as ilhas Senkaku, chamadas pelos chineses de Diaoyu, cujo controle está nas mãos de Tóquio, mas são reivindicadas por Pequim. Como resultado da declaração da zona, que irritou os países vizinhos e os EUA, Pequim requer agora que os aviões que sobrevoem a área se identifiquem anteriormente e anunciem seus planos de voo. Os EUA recomendam a suas linhas aéreas que cumpram com esses requisitos para evitar incidentes – embora enfatizem que isso não equivale a reconhecer a zona aérea chinesa.

Em Tóquio, onde suas conversas foram dominadas pela iniciativa chinesa, Biden reiterou que os EUA estão “profundamente preocupados” com as recentes medidas anunciadas unilateralmente por Pequim e pediu à China e ao Japão para buscarem vias de reduzir as tensões. Por sua vez, antes da visita de Biden à China, o Ministério da Defesa chinês emitiu um comunicado afirmando que a área de segurança “não está dirigida contra nenhum país ou alvo específico e não constitui uma ameaça contra nenhum país ou região”.

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Limites das zonas de defesa aérea de China e Japão
Limites das zonas de defesa aérea de China e Japão (VEJA)

‘Língua solta’ – O vice-presidente dos EUA pediu nesta quarta-feira a jovens chineses que questionem as autoridades, sejam elas governamentais ou religiosas, durante uma visita surpresa à seção consular da embaixada de seu país em Pequim. Biden, famoso em seu país por ser ‘língua solta’, cumprimentou vários estudantes chineses que tinham ido à embaixada solicitar vistos para os Estados Unidos e na conversa disse: “A única maneira de fazer algo completamente novo é romper o molde antigo”.

De acordo com o vice-presidente, o segredo dos EUA em mudar e se reinventar em cada nova geração acontece devido a “algo gravado no DNA de cada cidadão americano: a rejeição inerente da ortodoxia”. “As crianças nos EUA são premiadas, não castigados, por questionar o status quo”, disse Biden, em uma aparente alusão ao regime autoritário chinês. “Quando visitarem os Estados Unidos” – prosseguiu o vice-presidente aos estudantes – “espero que aprendam que a inovação só pode ocorrer quando se respira com liberdade e desafia o governo e os líderes religiosos”.

(Com agências Reuters e EFE)

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