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Biden ameaça reavaliar apoio a Israel se país não proteger civis em Gaza

Presidente dos EUA, maior aliado de Tel Aviv, lançou alerta com tom mais duro em telefonema com premiê israelense, Benjamin Netanyahu

Por Da Redação
Atualizado em 4 abr 2024, 16h34 - Publicado em 4 abr 2024, 16h34

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nesta quinta-feira, 4, que vai condicionar seu apoio à nação em guerra a uma mudança de postura na operação militar em Gaza, principalmente em relação à proteção de civis. Com tom mais duro desde o início na guerra no Oriente Médio, a declaração por telefonema ocorreu após um bombardeio israelense ter matado sete funcionários estrangeiros de uma ONG espanhola que entregavam alimentos à população faminta do enclave.

“O presidente Biden enfatizou que os ataques aos trabalhadores humanitários e a situação humanitária em geral são inaceitáveis”, disse a Casa Branca em comunicado logo após o telefonema. “Ele deixou claro que a política dos Estados Unidos em relação a Gaza será determinada pela nossa avaliação da ação imediata de Israel nas próximas etapas.”

Biden também disse que Israel precisa “anunciar e implementar uma série de medidas específicas, concretas e mensuráveis para lidar com os danos a civis, o sofrimento humanitário e a segurança dos trabalhadores humanitários”. O secretário de Estado americano, Antony Blinken, também se pronunciou após o telefonema: se os Estados Unidos não virem mudanças na postura de Israel para proteger civis em Gaza, “haverá mudanças na nossa política”, ameaçou.

Incidente derradeiro

Israel reconheceu a responsabilidade pelo bombardeio que atingiu um comboio da ONG World Central Kitchen, mas disse que os carros não eram seu alvo e que as mortes não foram intencionais. O país diz continuar investigando as circunstâncias que envolveram os assassinatos.

Embora o apoio público dos Estados Unidos a Israel permaneça firme, o incidente provocou furor dentro da Casa Branca. Em Bruxelas para uma cúpula dos ministros das Relações Exteriores da Otan, Blinken disse que Israel não deveria rebaixar-se ao nível do Hamas em meio à sua resposta aos ataques terroristas do grupo palestino, em 7 de outubro, que desencadearam a guerra.

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“Israel não é o Hamas”, disse Blinken. “Israel é uma democracia, o Hamas uma organização terrorista. E as democracias atribuem o maior valor à vida humana – a cada vida humana”, completou, acrescentando que o ataque não foi a primeira vez que Tel Aviv matou trabalhadores humanitários no conflito, mas “deve ser a última”.

Ressalvas

Embora o governo Biden tenha criticado a forma como Netanyahu conduz a guerra, a narrativa sobre o apoio dos Estados Unidos a Israel permaneceu praticamente inalteradas desde os ataques mortais.

“Agora, quero deixar claro que, embora questionemos aspectos de como as operações estão sendo conduzidas, também continuamos a acreditar e a agir com base na crença de que Israel tem o direito de se defender contra uma ameaça ainda viva, o Hamas”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, a repórteres na quarta-feira. “Eles ainda têm todo o direito e responsabilidade perante o seu povo de eliminar essa ameaça após o 7 de outubro”.

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