Bandeira ucraniana é fincada em arranha-céu de Moscou
A polícia da capital russa informou que jovens com equipamentos de alpinismo foram detidos na região, suspeitos de serem os autores do ato de protesto
A bandeira da Ucrânia foi içada nesta quarta-feira na antena de um dos sete arranha-céus construídos em Moscou nos tempos de Stalin e que são, junto com o Kremlin, os principais sinais da identidade arquitetônica da capital russa. A bandeira foi colocada no ponto mais alto do arranha-céu na Kotelnicheskaya, na margem do rio Moscova, reporta o jornal The Guardian.
Além da bandeira, a estrela de cinco pontas que decora a antena foi parcialmente pintada de azul, uma das cores nacionais da Ucrânia. “Pelo visto, os vândalos tinham o propósito de pintar a estrela com as cores da bandeira ucraniana, azul e amarelo, mas não deu tempo”, disse à agência Interfax um porta-voz dos serviços de emergência de capital russa.
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A polícia moscovita informou que jovens que levavam equipamentos de alpinismo, todos eles moradores de Moscou e arredores, foram detidos suspeitos de realizarem o ato de vandalismo. A polícia não precisou o número de detidos nem a identidade deles. Cidadãos russos que moram ou trabalham na região fotografaram a bandeira ucraniana no topo do prédio e postaram as imagens em redes sociais.
Construído entre 1938 e 1952, o edifício Kotelnicheskaya tem 176 metros de altura é o mais alto do conjunto de arranha-céus conhecido como “sete irmãs”, todos projetados na era stalinista. Hoje o local é um dos pontos turísticos de Moscou.
Селфи на фоне флага ) pic.twitter.com/J76ISYXqmz
– Ilya Varlamov (@varlamov) 20 agosto 2014
Infraestrutura afetada – O primeiro-ministro ucraniano Arseny Yatseniuk disse nesta quarta que os conflitos no leste Ucrânia entre forças separatistas pró-russas e o Exército está prejudicando o potencial da economia do país. Ataques de milícias contra a infraestrutura no leste ucraniano – de minas, estações de energia, ferrovias e pontes – estão prejudicando a população civil e arrasando a economia da região. “A Rússia sabe que reconstruir Donbass [região industrial do leste] vai custar bilhões”, disse o premiê em reunião do governo.
Desde abril, quando começaram os confrontos entre forças de Kiev e separatistas no leste da Ucrânia, mais de 2.000 pessoas já morreram, segundo números do escritório de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. Aproximadamente 5.000 pessoas ficaram feridas até o momento. A onda de violência também já provocou o deslocamento de 117.000 pessoas, informa a agência da ONU para os refugiados.
(Com agência EFE)