Ban Ki-Moon pede ação na Síria ‘em nome da humanidade’
Secretário-geral da ONU exortou comunidade internacional a intervir em massacre comandado por Bashar Assad que já deixou mais de 5.000 mortos
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse nesta quarta-feira que a comunidade internacional precisa agir “em nome da humanidade” contra a repressão dos protestos pró-democarcia na Síria pelo regime do ditador Bashar Assad. “Na Síria, mais de 5.000 pessoas morreram. Isto não pode continuar. Em nome da humanidade, é hora de a comunidade internacional agir”, afirmou o chefe da ONU.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
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Durante uma entrevista coletiva, Ban afirmou ter enviado ao Conselho de Segurança um relatório do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre a repressão iniciada em março, inspirada nas demais revoltas populares contra as ditaduras no mundo árabe. A medida pode aumentar a pressão sobre o mais importante órgão da ONU, composto por 15 países.
Em outubro, Rússia e China vetaram um projeto de resolução do Conselho de Segurança sobre a crise síria. Nesta quinta-feira, os protestos no país islâmico vão completar seu décimo mês, enquanto os militantes pró-democracia continuam com um movimento de desobediência civil, apesar da violência cotidiana.
Na semana passada, o ditador Bashar Assad disse em uma entrevista à rede americana ABC que não tinha responsabilidade pelas mortes porque não era “dono do país”, tampouco “dono das forças de segurança”.
(Com agência France-Presse)