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Bachmann deixa campanha, e candidatos republicanos focam em New Hampshire

Por Da Redação
4 jan 2012, 17h07

Elvira Palomo.

Des Moines (EUA), 4 jan (EFE).- Após o equilibrado caucus de Iowa, os pré-candidatos à Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Republicano avaliam nesta quarta-feira seus próximos passos, e enquanto alguns já estabelecem seus alvos na seguinte disputa, em New Hampshire, a congressista Michele Bachmann anunciou que deixou a corrida eleitoral.

O caucus de Iowa, que abriu a campanha pela nomeação de qual representante republicano vai concorrer com o presidente Barack Obama no pleito de 6 de novembro, deixou uma mensagem pouco clara sobre quem pode liderar o partido na eleição.

Por apenas oito votos, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney – que já havia se pré-candidatado em 2008 e perdeu para o senador John McCain – venceu o ex-senador Rick Santorum, um político católico e conservador em temas sociais e fiscais que inesperadamente ganhou força nas últimas semanas nas bases do partido.

Tanto Romney como Santorum, que já voltaram suas atenções ao estado de New Hampshire, onde no próximo dia 10 serão realizadas primárias nas quais o ex-governador é favorito para ganhar, se cumprimentaram pelos bons resultados em Iowa.

Mas a que foi a disputa mais apertada da história do caucus desse estado do meio-oeste americano demonstra que os republicanos não estão de acordo sobre quem será seu próximo candidato presidencial.

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O primeiro teste também cobrou sua primeira vítima, já que a congressista Michele Bachmann, que ficou em último em Iowa, com apenas 5% dos votos, anunciou sua retirada da disputa.

No entanto, durante seu pronunciamento, ela afirmou que continuará a trabalhar ‘para derrotar a agenda de (o presidente Barack) Obama, manter nosso país livre e soberano, e proteger o capitalismo livre’.

Por sua vez, o governador do Texas, Rick Perry, que ontem à noite obteve 10,3% dos votos, afastou as dúvidas sobre sua continuidade na corrida à Casa Branca ao anunciar nesta quarta que viajará à Carolina do Sul para continuar sua campanha, horas após comunicar que voltaria a seu estado para reconsiderar sua participação.

O congressista Ron Paul obteve o terceiro lugar em Iowa com 21,4% dos votos, e o ex-presidente da Câmara de Representantes Newt Gingrich, que há apenas duas semanas disputava o primeiro posto com Romney, terminou em quarto, com pouco mais de 13%.

O que aconteceu em Iowa deixou Romney com os mesmos problemas de 2008. Persistem as suspeitas sobre a sinceridade de seu conservadorismo e se ele está realmente conectado com os eleitores de seu partido, segundo o jornal ‘The Washington Post’.

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Para a publicação, o que falta a Romney em relação a paixão lhe sobra em organização, recursos e estratégia. Ele é considerado o candidato ideal para concorrer com Obama, tem experiência em campanhas anteriores e um discurso sólido sobre emprego e economia, temas que se transformaram no calcanhar de Aquiles do atual presidente.

Após uma minuciosa campanha em Iowa, na qual realizou em dois meses centenas de atos, algum deles com apenas um assistente, Santorum conseguiu levar os votos dos evangélicos e dos mais conservadores que desconfiam das políticas mais moderadas propostas por Romney.

A questão agora é se Romney pode expandir o apoio de suas bases nacionalmente, e se Santorum ou qualquer outro candidato podem conseguir um financiamento como o da campanha do ex-governador de Massachusetts e organização para derrotá-lo.

Os bons resultados que Santorum obteve poderiam obrigar Romney a se comprometer com certos temas sociais espinhosos. Nesta mesma semana, ele se comprometeu a vetar o ‘Dream Act’ – lei para a legalização de estudantes imigrantes ilegais – se chegar à Casa Branca e o Congresso a aprovar.

Para alguns republicanos, Romney não é o candidato perfeito, mas sim o mais presidenciável, como disse, em entrevista à Agência Efe, Tracy Waters, uma eleitora que compareceu a um ato de Santorum um dia antes do caucus de Iowa.

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‘Não sou uma grande fã de Romney, ele não é conservador o bastante, mas provavelmente pode ajudar a resolver as diferenças dentro do partido’, afirmou. EFE

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