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Áustria denuncia divisão desigual de vacinas na União Europeia

Crítica acontece poucos dias depois de governo anunciar plano de cooperação com Israel para 'deixar de depender' do bloco

Por Da Redação 12 mar 2021, 11h29

O governo da Áustria criticou nesta sexta-feira, 12, o que definiu como uma divisão desigual de vacinas contra o coronavírus dentro da União Europeia, citando um pacto dos chefes de Estado do continente em junho do ano passado. A denúncia acontece poucos dias depois de o país anunciar um plano de cooperação com Israel na produção de vacinas para “deixar de depender” do bloco.

O chanceler austríaco, o conservador Sebastian Kurz, destacou que, após conversar com homólogos europeus, chegaram à conclusão de que há vários países, como Malta, Dinamarca e Holanda, que possuem mais doses da vacina que outros, como Bulgária e Croácia.

“Se isto seguir assim, Malta terá nos próximos meses três vezes mais vacinas que a Bulgária (em relação a sua população), enquanto a Holanda terá o dobro da Croácia”, afirmou Kurz em entrevista à imprensa.

Segundo ele, houve um acordo confidencial entre o chamado “comitê de comando da União Europeia”, formado por especialistas em políticas sanitárias e empresas farmacêuticas. No que Kurz definiu como um “bazar”, alguns países conseguiram mais vacinas do que as acordadas inicialmente.

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Sem citar dados concretos, ele destacou que os acordos confidenciais devem ser tornados públicos para que os critérios sejam entendidos, já que a divisão não corresponde à acordada em junho.

Apesar da seriedade das acusações, Kurz destacou que não se trata de uma crítica ao bloco, e sim um “toque de atenção” para que se cumpra o que foi aceito pelos líderes.

A fala ocorre em meio a críticas sobre os atrasos na solicitação, aprovação e distribuição de vacinas na região, deixando o bloco de 27 países atrás das campanhas de vacinação de Israel, Estados Unidos e Reino Unido.

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A Comissão Europeia fechou acordos com diversas farmacêuticas, assegurando mais de 2 bilhões de vacinas – o suficiente para vacinar a população de 450 milhões habitantes do bloco – mas apenas quatro foram autorizadas: o fármaco da Pfizer, da Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.

No dia 2 de fevereiro, os governos da Áustria e da Dinamarca anunciaram um plano de cooperaração com Israel na produção de vacinas. “Os especialistas estimam que vacinas anuais serão necessárias para cerca de seis milhões de austríacos. É por isso que cooperaremos estreitamente com a Dinamarca e Israel na pesquisa e produção de vacinas”, disse Kurz, em publicação no Twitter, ao anunciar a parceria.

A Comissão Europeia disse que os estados membros são livres para fechar acordos à parte, assegurando que isso não vai contra a estratégia conjunta. Um número crescente de países, como Hungria e Eslováquia, já fez pedidos paralelos de vacinas da Rússia e da China, embora a entidade europeia responsável ainda não as tenha aprovado.

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