Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Austrália busca apoio internacional para fortalecer OMS

Crítico da organização, premiê Scot Morrison defende que a entidade possa enviar investigadores a países com novos surtos de doenças, sem autorização prévia

Por Da Redação
Atualizado em 22 abr 2020, 19h19 - Publicado em 22 abr 2020, 18h05
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Aliado de primeira hora do presidente dos EUA, Donald Trump, o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison (esq.), juntou-se ao coro de líderes que culpam a China e a OMS pela pandemia de coronavírus - 20/09/2019 (Nicholas Kamm/AFP)

    O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, propôs que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha poder para enviar investigadores para os epicentros de doenças, sem prévia autorização do país afetado, para evitar novas pandemias como a de Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus.

    Aliado de primeira hora do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Morrison não se juntou ao boicote promovido pela Casa Branca contra a OMS. No dia 15 de abril, o líder americano congelou o financiamento de 400 milhões de dólares por concluir que a OMS fora complacente com a China e não teria agido de forma correta na administração da crise. Mas o primeiro-ministro australiano se juntou ao coro de governantes que questionaram a eficácia da direção da OMS em gerir grandes operações e sugeriu que uma autoridade independente audite a organização.

    O movimento de Morrison em favor do fortalecimento da OMS surgiu depois de China ter condenado o pedido da Austrália de uma investigação independente sobre as circunstâncias que geraram a Covid-19. Segundo a imprensa australiana, o primeiro-ministro pediu apoio do presidente da França, Emmanuel Macron, da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, do presidente dos Estados Unidos,, e do bilionário Bill Gates, um dos maiores financiadores privados da OMS.

    Publicamente, somente o governo francês comentou a proposta australiana de reformulação da organização. “A urgência agora é para a coesão, e essa não é a hora para falar sobre isso”, disse um porta-voz da Presidência. Um recado adicional de Macron, porém, foi dirigido à China, acusada de maquiar os números de mortes na cidade de Wuhan, onde o vírus começou a se espalhar em dezembro de 2019. “Ele (Macron) reafirmou a necessidade de transparência de todos, não somente da OMS”.

    Continua após a publicidade

    Fundada em 1948, a OMS é uma organização técnica e consultiva sem poder de decisão ou de impor uma diretriz aos países-membros. A entidade se limita a fazer recomendações aos governos. No caso da atual pandemia, defende o isolamento e o distanciamento social. A proposta de Morrison daria à organização o poder de enviar agentes para um país, sem a autorização do governo local, para investigarem os fatos por trás de um surto de uma nova doença.

    Solidariedade comunista

    Em diferentes tons, autoridades pelo mundo criticaram a OMS. Algumas de forma construtiva, outras mais incisivas e com acusações mais duras, como Trump. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, chegou a afirmar nesta quarta-feira que o fortalecimento da OMS seria o “primeiro passo na construção da solidariedade comunista planetária”.

    Tanto Trump quanto Morrison são criticados em seus respectivos países devido a uma resposta inicial lenta da OMS para a pandemia. Enquanto o australiano tem um histórico de responder a emergências nacionais de forma dúbia e controversa, como durante os incêndios florestais no país, Trump parece buscar na China ou na OMS um culpado para o número de infectados e mortos nos Estados Unidos.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.