Audiência sobre extradição de Assange ocorre nesta terça
Suécia quer a tutela do fundador do WikiLeaks, acusado de crimes sexuais
“Aconteça o que acontecer, seguiremos. O número de publicações diárias se intensificou nos últimos tempos e vai seguir aumentando”
O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, é aguardado em um tribunal de Londres para mais uma etapa do processo de sua extradição para a Suécia, país que deseja interrogá-lo sobre duas acusações de abuso sexual. A sessão desta terça-feira é preparatória para a audiência completa que está marcada para os dias 7 e 8 de fevereiro.
Assange havia sido preso em Londres em dezembro passado. Nove dias depois, e mediante o pagamento da fiança de 240.000 libras com a ajuda de empresários e celebridades, ganhou liberdade condicional. Como parte das condições para ser solto, ele teve de permanecer na mansão de um amigo, Vaughan Smith, em Suffolk, no leste da Inglaterra.
Responsável pelo site que revelou milhares de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos, o hacker nega todas as acusações e diz estar sendo perseguido. “Estou sendo vigiado de forma permanente”, declarou, em entrevista publicada nesta terça-feira pela emissora France Info. Ele diz ainda estar “acostumado a este tipo de pressão”, mas descreve a situação atual como “a mais dramática que vivi até agora”.
WikiLeaks – Assange enfatiza, porém, que nenhuma retaliação será capaz de interromper os trabalhos do WikiLeaks, apesar das dificuldades financeiras pelas quais o site passa atualmente. “Aconteça o que acontecer, seguiremos. O número de publicações diárias se intensificou nos últimos tempos e vai seguir aumentando”.
(Com agência EFE)