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Atriz pornô pivô de processo contra Trump depõe em julgamento

Ex-presidente é acusado de falsificar registros comerciais para ocultar um pagamento de US$ 130 mil a Stormy Daniels, às vésperas da eleição de 2016

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h55 - Publicado em 7 Maio 2024, 12h32

Pivô de um caso sobre supostos pagamentos ilícitos feitos pelo ex-presidente americano Donald Trump, às vésperas da eleição de 2016, a ex-atriz pornô Stormy Daniels foi chamada como testemunha em julgamento criminal nesta terça-feira, 7, em Nova York.

Trump é acusado de falsificar registros comerciais para ocultar um pagamento de US$ 130 mil (cerca de R$ 674 mil na cotação atual) a Daniels, cujo nome verdadeiro é Stephanie Clifford. As transferências foram feitas por meio do então advogado do republicano, Michael, Cohen, que teria usado uma empresa de fachada para enviar o montante. O objetivo do esquema seria evitar que um suposto caso extraconjugal entre Trump e Daniels viesse a público às vésperas da eleição de 2016, da qual ele saiu vitorioso.

+ Em novo alerta, juiz ameaça prender Trump por violar ordem do tribunal

Ao se sentar para depor, Daniels citou brevemente suas biografia e o desejo, ainda jovem, de ser veterinária em Louisiana, estado onde nasceu.

Logo depois, então, descreveu um torneio de golfe em 2006, onde teria conhecido Trump por intermédio de um ex-segurança do magnata, que a teria convidado para um jantar. Em seguida, ela passou a descrever o jantar, feito na suíte de Trump no hotel do local.

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O ex-presidente nega ter se envolvido sexualmente com a atriz pornô e se declarou inocente das acusações de falsificação de registros comerciais.

A história veio à tona pela primeira vez em 2018, devido a uma reportagem do jornal americano The Wall Street Journal. Um mês após a denúncia, Cohen disse ter usado seu próprio dinheiro para comprar o silêncio de Daniels. No entanto, foi comprovado em seguida que o republicano restituiu, sim, o ex-advogado – que se declarou culpado de falsificar registros comerciais em agosto daquele ano.

Julgamento

Na última sexta-feira 3, a ex-assessora de Trump Hope Hicks compareceu ao banco de testemunhas a favor da acusação. Ao longo da sessão, Hicks abriu o jogo sobre como a campanha de 2016 lidava com as notícias que prejudicavam o então candidato. Entre elas estava uma gravação de áudio em que Trump se gaba de agressões sexuais, que motivou sua equipe a tentar enterrar a todo custo informações que pudessem prejudicar sua imagem – como ele ter, supostamente, passado uma noite com uma ex-atriz pornô.

Na segunda-feira, 6, em mais um dia do julgamento, o juiz Juan Merchan ameaçou prender o ex-presidente por desrespeitar medidas judiciais que o impedem de emitir declarações públicas a respeito do caso. A advertência ocorre menos de uma semana após Trump ser multado nove vezes por desobedecer a chamada “ordem de silêncio”.

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“A última coisa que quero fazer é colocá-lo na prisão. Você é o ex-presidente dos Estados Unidos, e possivelmente o próximo presidente também. Não quero propor uma sanção de prisão, mas farei isso, se necessário”, disse Merchan a Trump em audiência na Suprema Corte de Manhattan.

“Há muitas razões pelas quais o encarceramento é realmente o último recurso para você”, acrescentou. “Tomar essa medida seria perturbador para o processo. Mas no final das contas, tenho um trabalho a fazer”.

Chuva de multas

Além do alerta, o juiz aplicou a décima multa contra o republicano por uma entrevista realizada em 22 de abril. Na ocasião, Trump alegou que o júri foi escolhido em uma zona “principalmente democrata” e, como consequência, o julgamento seria “muito injusto”. Em decisão divulgada nesta segunda-feira, Merchan escreveu que o comentário “não só pôs em jogo a integridade e, portanto, a legitimidade destes processos, mas levantou novamente o espectro do medo pela segurança dos jurados e dos seus entes queridos”.

O magistrado acrescentou ainda que o ex-presidente está “avisado de que, se apropriado e justificado, futuras violações de suas ordens legais serão puníveis com encarceramento”. Na última terça-feira 30, quando o ex-presidente recebeu as outras nove multas, Merchan já o havia alertado sobre uma possível prisão.

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O juiz também ordenou que as postagens que infringiram a ordem de silêncio fossem excluídas da Truth Social, plataforma de rede sociais de Trump, bem como do seu site de campanha, até às 14h45 do horário local (15h45 em Brasília). No somatório das penalidades, ele deverá pagar US$ 10 mil — ou seja, US$ 1 mil por cada multa — pelas violações. O juiz, no entanto, ponderou que “parece que as multas de US$ 1.000 não servem como dissuasão”.

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