Ativista é hospitalizado para se recuperar da greve de fome
Anna Hazare interrompeu seu jejum após o governo atender às suas exigências

O ativista indiano Anna Hazare se recupera em um hospital depois de 12 dias de greve de fome contra a corrupção. O jejum foi interrompido neste domingo após o governo da Índia ter aceitado suas exigências.
Entenda o caso
- • Na Índia, não é obter linha telefônica, autorização comercial ou matrícula em uma escola sem subornar alguém.
- • Indignada com a corrupção endêmica no país, a população saiu às ruas pela primeira vez em décadas gritando: “Basta!”
- • Exigindo novas leis contra a corrupção, o ativista Anna Hazare iniciou greve de fome. No primeiro dia, foi preso, mas logo depois conseguiu autorização do governo para prosseguir, devido à forte pressão popular.
- • Doze dias e alguns quilos a menos depois, Hazare teve suas reivindicações atendidas e encerrou seu jejum.
“Hazare começou a melhorar. Ele vinha perdendo 500 gramas por dia, mas desde que chegou, só perdeu 200. Isso é um sinal de melhora”, disse à agência indiana Ians Naresh Trehan, no hospital Medanta, da cidade de Gurgaon, próxima a Nova Délhi. “O peso de Hazare se estabilizou, mas ele ainda não iniciou a dieta completa, o que será feito de forma gradual”, afirmou Trehan.
Hazare terminou a greve de fome contra a corrupção no domingo diante de milhares de pessoas – tomando um copo de água de coco com mel – depois que o Parlamento indiano anunciou no sábado que adotaria as exigências do militante para reforçar a luta contra a corrupção. O ativista, de 74 anos, recusou, durante o jejum, alimentação intravenosa, apesar de seu estado de saúde ter piorado. A greve de fome de Hazare conquistou a simpatia popular nas principais cidades indianas e seu protesto foi considerado pelos analistas a maior mobilização contra a corrupção desde a independência do país, em 1947.
Exigências – As demandas de Hazare estavam centradas em um projeto de lei, chamado Lokpal Bill, que criava um posto de mediador da República para fiscalizar os políticos e os funcionários públicos. Ele desejava que o mediador tivesse poderes para investigar também o chefe de governo e os altos magistrados no caso de suspeitas de corrupção. Nesta segunda, conseguiu o que queria.
Adnan Abidi / Reuters

(Com agência EFE)
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