Atiradores matam nove pessoas em hotel de luxo de Cabul
Talibã assumiu a autoria do ataque; quatro estrangeiros estão entre as vítimas
Nove pessoas foram mortas na quinta-feira durante um ataque terrorista contra um hotel de luxo em Cabul, capital do Afeganistão. Homens armados invadiram o hotel Serena, frequentado principalmente por estrangeiros, e abriram fogo contra os hóspedes. De acordo com o governo afegão, duas crianças e três mulheres estão entre as vítimas. Quatro estrangeiros foram mortos, mas eles ainda não tiveram suas nacionalidades divulgadas. Outras quatro pessoas ficaram feridas no tiroteio.
As forças de segurança afegãs conseguiram matar todos os quatro atiradores responsáveis pelo atentado. O Talibã reivindicou a autoria do ataque.
Leia também:
Talibã promete sabotar eleições afegãs com ataques
Jornalista sueco é assassinado a tiros na capital afegã
O hotel Serena fica a cerca de um quilômetro do Palácio Presidencial e de sedes ministeriais. Atualmente, o local abriga equipes da ONU que vão monitorar as eleições presidenciais marcadas para o mês que vem.
De acordo com o ministro do Interior, Sediq Sediqi, o ataque durou duas horas e meia e terminou após uma intensa troca de tiros entre os insurgentes e as forças de segurança. Segundo Sediqi, os atiradores vestiam roupas civis e conseguiram entrar no local com armas escondidas depois de convencerem os seguranças de que participariam de um jantar festivo. O país comemorou nesta quinta-feira a chegada do Ano Novo afegão.
Eleições – Nos últimos meses, aumentaram os ataques contra ONGs, instituições ocidentais e lugares frequentados por estrangeiros no Afeganistão. Na semana passada, o jornalista sueco Nils Horner foi assassinado a tiros n no centro de Cabul enquanto fazia entrevistas. Em meados de janeiro, 21 pessoas, entre elas 13 estrangeiros, morreram em um atentado contra um restaurante frequentado por ocidentais na capital afegã.
O conflito afegão se encontra em um de seus momentos mais sangrentos desde a invasão dos Estados Unidos, que derrubou o regime talibã há 12 anos. A realização de eleições presidenciais no país em 5 de abril intensificou as ações talibãs nas últimas semanas.
(Com agência EFE)