Atirador de NY não planejava voltar para casa, diz polícia
Antes de sair para matar um ex-colega de trabalho, na última sexta-feira, Jeffrey Johnson teria deixado a chave do seu apartamento alugado para o proprietário
O homem que abriu fogo, matou um ex-colega de trabalho e foi abatido pela polícia de Nova York perto do Empire State Building deixou a chave do apartamento com o proprietário de sua residência na sexta-feira, e não planejava voltar para casa, disse neste domingo uma fonte da polícia. Na semana passada, o designer de acessórios Jeffrey Johnson, de 58 anos, matou Steve Ercolino, com quem tinha trabalhado.
Nove pessoas que passavam na hora se feriram devido à ofensiva da polícia. Johnson tinha deixado o apartamento que alugava em Upper East Side, Manhattan, por volta das 8 horas, como sempre fazia, relataram vizinhos. “Ele deixou as chaves em um envelope para o senhorio, sem a intenção de voltar”, disse uma fonte da polícia próxima ao caso.
Detetives encontraram, no apartamento de Johnson, livros que ensinavam a atirar, além de munição do mesmo calibre com que matou o ex-colega. A polícia quer vistoriar o computador de Johnson para ter mais pistas sobre a motivação do crime, segundo a fonte. O atirador tinha sido demitido havia um ano da Hazan Imports, localizada em frente ao Empire State. Ele acusava a vítima de não ter vendido bem as criações dele e por isso brigavam, disse a polícia.
Personalidade – Johnson foi descrito por ex-colegas como um homem meticuloso e “excêntrico”, que era o primeiro a chegar e o último a ir embora da empresa, dedicada à venda de carteiras e cintos para mulheres. Sua vítima, um dos encarregados de vendas da companhia, era uma pessoa popular no escritório. Segundo a imprensa local, que cita a empregados da empresa, os dois ex-colegas nunca se deram bem.
Johnson foi despedido como parte de um ajuste orçamentário após uma queda nas vendas e, desde então, passava a maior parte do tempo em seu apartamento, saindo só de manhã para buscar o café da manhã em um McDonald’s próximo, sempre vestindo um traje cinza.
Meses depois de ser despedido, Johnson se dirigiu pela primeira vez a seu ex-trabalho e protagonizou um incidente com Ercolino, que foi empurrado e revidou. Logo depois desse reencontro, em abril de 2011, ambos fizeram queixas à polícia por ameaças de morte de cada um. Contudo, o agressor e a vítima não voltaram a se encontrar até sexta-feira, quando vestindo seu traje cinza habitual, Johnson voltou a seu antigo trabalho e matou Ercolino com vários tiros na porta da empresa.
(Com agência Reuters)