Pelo menos 35 pessoas morreram nesta segunda-feira em uma série de atentados contra militares em Mukala, no sul do Iêmen, reduto da Al Qaeda até abril passado. “Em Mukala, houve cinco atentados suicidas em quatro setores”, disse Ahmed Said ben Breyk, governador da província de Hadramaut, da qual Mukala é capital.
Os ataques mataram 33 soldados, uma mulher e uma criança, declarou o secretário de Saúde dessa província, Riad al-Jalili, acrescentando que 25 pessoas ficaram feridas.
Ao anoitecer, no momento em que as tropas quebravam o jejum do Ramadã, três bombas explodiram simultaneamente nos postos de controle dessa cidade portuária.
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No primeiro ataque, um suicida, que estava de moto, perguntou aos soldados se podia encerrar o jejum com eles e, em seguida, detonou-se. Em outros dois bairros da cidade, dois suicidas se aproximaram a pé dos soldados e detonaram seus cinturões de explosivos. Pouco depois, dois homens lançaram um novo ataque suicida na entrada de um acampamento militar, acrescentaram autoridades locais.
Apoiadas pela coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita, as forças do governo iemenita retomaram o controle de Mukala em 24 de abril, depois de um ano nas mãos dos extremistas da Al Qaeda. Os radicais mantêm, porém, forte presença e controlam várias localidades na província de Hadramaut.
O Estado Islâmico, grupo extremista rival da Al Qaeda, reivindicou os ataques suicidas, segundo o centro de vigilância americana de sites jihadistas.
A Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), baseada no Iêmen desde 2009, e o Estado Islâmico aproveitaram a guerra civil entre os rebeldes xiitas houthis e as forças governamentais iemenitas para ampliar sua influência no sul e no sudeste do país.
(Com AFP)