Vladislav Punchev.
Sofia, 18 jul (EFE).- Um atentado terrorista realizado em um ônibus com turistas israelenses que estavam na cidade de Burgas, na Bulgária, causou a morte nesta quarta-feira de pelo menos seis pessoas e deixou 32 feridos.
O governo de Israel acusou o Irã pela ação. O veículo levava 47 turistas que vieram passar as férias na cidade localizada no Mar Negro e que é um destino muito popular entre os israelenses. O ônibus explodiu por volta das 17h30 local (11h30 de Brasília) quando estava deixando o aeroporto de Burgas.
‘Escutei um forte barulho, como uma explosão. Momentos depois vi fragmentos de corpos humanos e pedaços de roupa caindo sobre os carros no estacionamento’ relatou à agência ‘Focus’ uma testemunha do atentado.
As chamas ocasionadas pela explosão atingiram ainda outros dois ônibus estacionados perto do local do atentado. Fontes disseram que o número de vítimas fatais pode ser ainda maior.
Outras testemunhas afirmaram ao canal ‘bTV’ que um homem foi até o ônibus e lançou um pacote em seu interior momentos antes da explosão. A rede de televisão ‘BNT’, no entanto, noticiou que as bombas estavam escondidas em uma mala.
O Ministério do Interior confirmou rapidamente que o fato foi um atentado terrorista e as autoridades ordenaram o fechamento do aeroporto de Burgas e o aumento das medidas de segurança em todos os aeroportos, portos e estações do país.
A polícia utilizou cães farejadores para tentar localizar mais explosivos no aeroporto, já que segundo a ‘BNT’ existia a ameaça da explosão de outra bomba.
Os turistas que viajavam no ônibus iam para o complexo turístico Costa do Ouro, a cerca de 40 quilômetros de Burgas. O grupo chegou na Bulgária em um voo que saiu de Israel com 154 pessoas, entre elas oito crianças.
Pelo menos três feridos estão em estado crítico e entre as pessoas levadas para um hospital em Burgas estão duas mulheres grávidas e uma criança de onze anos, segundo a imprensa local.
O prefeito de Burgas, Dimitar Nikolov, informou que entre os turistas estavam um americano e um esloveno. A cidadania de todos os passageiros do ônibus, no entanto, ainda não foi revelada, nem a identidade dos mortos e feridos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou Teerã pelo atentado e advertiu que ‘Israel reagirá com determinação diante do terrorismo iraniano’.
‘Há exatos dezoito anos do atentado contra o edifício da comunidade judaica na Argentina (Amia), o terrorismo iraniano segue prejudicando gente inocente e se estende por todo o mundo’, disse Netanyahu em referência ao ataque que matou 85 pessoas e deixou 300 feridos em Buenos Aires, em 1994.
A Estrela de Davi Vermelha (equivalente à Cruz Vermelha em Israel), enviou uma equipe para Burgas com o objetivo de auxiliar no atendimento dos feridos.
O embaixador israelense na Bulgária, Shaul Kmisa, também foi para o local do atentado, assim como o primeiro-ministro da Bulgária, Boiko Borisov, e o presidente do país, Rosen Plevnelieval. EFE