Ataques de rebeldes houthis deixam 27 mortos no Iêmen
Bombas tinham como alvo as forças de segurança do governo iemenita, que recebe apoio da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita
Ao menos 27 pessoas morreram e várias ficaram feridas nesta quinta-feira, 1, em dois ataques contra as forças de segurança em Aden, sul do Iêmen, anunciaram fontes oficiais e dos serviços médicos. A maioria das vítimas é policial.
Dezessete policiais morreram e vários foram feridos em um ataque reivindicado pelos rebeldes houthis, que anunciaram ter usado um míssil e um drone no ataque contra o quartel da polícia em Al-Jalaa. Poucos minutos antes, um atentado suicida com carro-bomba foi executado na entrada do quartel-general localizado no bairro Sheikh Othman, no centro de Aden.
A ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), que administra o hospital para onde as vítimas foram levadas, afirmou no Twitter que “10 pessoas morreram” e 16 ficaram feridas, incluindo duas gravemente. O ataque aconteceu no momento em que os policiais se reuniam para saudar a bandeira nacional.
Os dois ataques tiveram como alvos as forças do Cinturão de Segurança, agentes de polícia treinados e equipados pelos Emirados Árabes Unidos, um dos pilares da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita, que atua desde 2015 no Iêmen contra os rebeldes houthis.
Os ataques aconteceram após um período de relativa calma. No início de julho, os Emirados Árabes Unidos anunciaram a intenção de reduzir suas tropas no Iêmen, a fim de passar de uma “estratégia” de guerra para uma lógica de “paz”.
Nos últimos anos, Aden, capital provisória do governo iemenita após a tomada de Sanaa pelos rebeldes huthis, foi palco de vários atentados que mataram centenas de pessoas.
Mais de quatro anos após o início da intervenção da coalizão liderada por Riad, os huthis ainda controlam vastas áreas do oeste e do norte do país, incluindo Sanaa. O sul está, em grande parte, sob controle das forças pró-governamentais.
O conflito no Iêmen custou a vida de dezenas de milhares de pessoas, incluindo muitos civis, segundo várias organizações humanitárias. Quase 3,3 milhões de pessoas estão deslocadas.
(Com AFP)