Ataques contra ministério matam ao menos 20 no Iêmen
Após explosão de um carro-bomba, prédio foi atacado com tiros e granadas
Um atentado suicida contra o Ministério da Defesa do Iêmen, seguido por um ataque armado ao local, deixou pelo menos vinte mortos na manhã desta quinta-feira. O ataque ao amplo complexo ministerial, localizado em Sana, ocorre após uma série de atentados repentinos contra militares e funcionários do governo, no momento em que o país luta para concluir uma difícil transição política.
Acredita-se que os ataques tenham sido realizado pela Al Qaeda na Península Arábica, grupo que Washington considera o mais perigoso braço da rede terrorista, embora nenhum grupo tenha assumido a autoria da ação. “Pelo menos vinte pessoas morreram no ataque”, disse o ministério, em breve comunicado. “Um carro cheio de explosivos, dirigido por um suicida, abriu caminho pela entrada oeste do complexo ministerial”, afirmou um oficial da área de segurança. “Ele foi seguido por outro carro, cujos ocupantes abriram fogo contra o complexo de prédios”.
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Outras fontes informaram que os homens estavam armados com rifles de assalto, granadas de mão e granadas propelidas por foguete. O Ministério informou que os homens armados ocuparam o hospital dentro do complexo da Defesa, que fica no interior do complexo, após a explosão, mas que forças de segurança haviam reconquistado o controle do edifício. Num ataque aparentemente coordenado, forças de segurança foram alvo de disparos vindos da parte de fora do complexo, afirmou um membro das forças de segurança. Nuvens de fumaça saíam do local, que fica numa extremidade do bairro Baba al-Yaman.
O Iêmen passa por uma difícil transição política desde que o presidente Ali Abdullah Saleh foi derrubado em fevereiro de 2012, após um ano de violentos protestos contra seu governo de 33 anos. A transição deve culminar numa nova Constituição e abrir o caminho para eleições parlamentares e presidenciais previstas para fevereiro de 2014, mas ainda enfrenta muitos obstáculos. Há crescentes demandas pela separação da região sul do país, que já foi independente, além dos confrontos entre rebeles xiitas e extremistas sunitas no norte.
(Com agência AFP e Estadão Conteúdo)