(Atualizado às 16h17)
Uma mulher israelense de 25 anos foi esfaqueada até a morte nesta segunda-feira na entrada do assentamento de Alon Shvut, na região da Cisjordânia. De acordo com testemunhas, o criminoso tentou atropelar um grupo de pessoas com seu carro, mas bateu em uma barreira de concreto antes de concluir o ataque. O assassino, então, saiu do automóvel e golpeou com uma faca a mulher e outros dois cidadãos israelenses que aguardavam em um ponto de ônibus. Ele foi baleado por um policial e transportado para um hospital em condição crítica. Os feridos também estão recebendo atendimento médico.
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O ataque na Cisjordânia ocorreu horas depois de um soldado ter sido ferido com uma faca em um ponto de ônibus da cidade israelense de Tel Aviv. A polícia prendeu o palestino que atacou o militar. Autoridades classificaram o crime de “atentado terrorista” e informaram que o soldado está internado em estado crítico.
Os esfaqueamentos ocorrem em meio à escalada da tensão entre israelenses e palestinos. No fim de semana, árabes com cidadania israelense atiraram pedras contra a polícia nos principais redutos árabes do país. Os ataques tiveram início após os membros das forças de segurança matarem um jovem árabe que tentou esfaqueá-los.
Tentativas de assassinato envolvendo o atropelamento deliberado de pessoas têm sido registradas pelas autoridades israelenses nas últimas semanas. O primeiro, ocorrido na Jerusalém Oriental, matou uma mulher equatoriana e um bebê judeu. Na última quarta-feira, um segundo atropelamento foi cometido contra pessoas que aguardavam em uma estação de trem. Uma pessoa morreu e outras catorze ficaram feridas. Na quinta, um palestino se entregou à polícia após atropelar três soldados com uma perua.
Netanyahu – O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursou contra as recentes manifestações de árabes israelenses em favor da Palestina. O premiê afirmou aos cidadãos insatisfeitos que não faz questão de que eles continuem morando no país. “Para todos aqueles que estão gritando e protestando contra Israel, vocês são livres para se mudar para a Autoridade Palestina ou para Gaza. Israel não vai se colocar no meio do caminho. Mas aqueles que ficarão devem saber que vamos nos colocar no caminho de terroristas e criminosos. Eu dei instruções para que sejam usados todos os meios que estão à nossa disposição, incluindo a aprovação de novas leis e a destruição das casas de terroristas”, declarou Netanyahu, segundo o Times of Israel.