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Ataque de Israel em Rafah mata 45 pessoas e gera condenação global

Autoridades locais afirmam que 8 mísseis atingiram campo para desabrigados no sul de Gaza; Tel Aviv diz que ataque 'preciso' matou líderes do Hamas

Por Da Redação
Atualizado em 27 Maio 2024, 16h13 - Publicado em 27 Maio 2024, 10h44

Um ataque aéreo israelense que atingiu um acampamento para desabrigados em Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza, neste domingo 26 desencadeou uma onda de críticas e declarações de líderes internacionais pedindo pelo fim da ofensiva de Israel na cidade. Segundo autoridades palestinas, os disparos mataram pelo menos 45 pessoas no campo. Já Tel Aviv justificou que a ofensiva cumpriu o objetivo de “eliminar” terroristas do Hamas envolvidos em ataques contra os israelenses.

Pelo menos oito mísseis atingiram o acampamento no bairro de Tel Al-Sultan, localizado no oeste de Rafah. As explosões provocaram um grande incêndio nas tendas que serviam como abrigo para centenas de palestinos, que precisaram se deslocar do leste da cidade depois de uma ordem de retirada das forças israelenses e do início de uma ofensiva terrestre no local, há mais de duas semanas.

A operação continua, embora a Corte Internacional de Justiça (CIJ), tribunal das Nações Unidas em Haia, tenha demandado na sexta-feira 24 o fim dos combates na região.

O que diz Israel

Os militares israelenses afirmaram que o ataque em Rafah foi realizado “com base em informações precisas” e tinha como objetivo atingir um complexo do Hamas. Segundo eles, a operação resultou na morte do chefe de gabinete do grupo terrorista palestino para a Cisjordânia e de outro alto funcionário envolvido em ataques contra israelenses.

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No entanto, a major-general das Forças de Defesa de Israel (FDI), Yifat Tomer Yerushalmi, descreveu o ataque como “muito grave” e afirmou que uma investigação sobre o caso foi iniciada.

“As FDI lamentam qualquer dano aos não combatentes durante a guerra”, ela declarou.

Revolta global

O ataque ao acampamento matou majoritariamente mulheres, crianças e idosos, provocando uma condenação global contra Israel. Desde o início da guerra, em 7 de outubro do ano passado, os ataques israelenses mataram mais de 36 mil civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

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O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou estar “indignado” com os últimos ataques de Israel. “Essas operações devem parar. Não há áreas seguras em Rafah para os civis palestinos”, disse ele em uma publicação no X, antigo Twitter.

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A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, e o chefe de política externa da União Europeia, Josep Borrell, pediram que Israel respeite a decisão da CIJ e encerre a ofensiva em Rafah. “O direito humanitário internacional aplica-se a todos, também à condução da guerra por Israel”, disse Baerbock.

“Gaza é o inferno na terra. As imagens da noite passada são mais uma prova disso”, afirmou a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), principal braço da ONU na Faixa de Gaza.

O Egito afirmou que o “bombardeio deliberado das tendas das pessoas deslocadas” pelos militares israelenses foi uma violação flagrante do direito internacional. A Arábia Saudita e o Catar também condenaram o ataque. 

“Além da fome, da inanição, da recusa em permitir (a entrada de) ajuda humanitária em volumes suficientes, o que testemunhamos ontem à noite é bárbaro”, disse Micheal Martin, ministro das Relações Exteriores da Irlanda, país que passará a reconhecer o Estado da Palestina a partir desta terça-feira, 28.

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