Um ataque com míssil deixou pelo menos 31 mortos, incluindo 14 crianças, em uma área da província de Alepo controlada por rebeldes. Os opositores responsabilizaram o governo de Bashar Assad pelo ataque, e identificaram o míssil como sendo um Scud, afirmando que a arma tem sido usada pelas forças do governo em áreas sob o controle da oposição em Alepo e também na província de Deir al-Zor, no leste do país. Dezenas de pessoas ficaram feridas.
“Foi claramente um míssil terra-terra devido a amplitude da destruição e o fato de ter sido apenas um único disparo, sem que os habitantes tenham notado o sobrevoo de aeronaves do regime”, informou a ONG opositora Observatório Sírio de Direitos Humanos.
O ataque seria o maior em Alepo desde um atentado contra uma universidade, no dia 15 de janeiro, que deixou mais de 80 mortos e centenas de feridos. Apesar de os rebeldes e o governo se acusarem mutuamente de serem responsáveis pelo ataque, um vídeo sugere que a ação envolveu mísseis disparados pelo Exército.
Leia também:
Países doadores prometem ajuda de US$ 1 bilhão à Síria
ONU: impacto da guerra síria pode afetar várias gerações
Os opositores também anunciaram o disparo de dois morteiros pelo Exército Sírio Livre em direção ao palácio Techrine, em Damasco. Segundo a agência oficial Sana, os disparos provocaram apenas “danos materiais”, ao atingir o prédio de dois hospitais. O palácio, rodeado por um parque, fica em um bairro rico que tem sido mantido isolado do conflito. O prédio fica a cerca de 1,5 km do principal palácio presidencial.
Rússia – Também nesta terça, dois aviões russos com ajuda humanitária chegaram ao aeroporto de Latakia, no noroeste do país. Uma das aeronaves deles transportou de volta à Rússia centena de cidadãos que desejavam abandonar o conflito na Síria. A Rússia é aliada do governo de Bashar Assad.
(Com agências France-Presse e Reuters)