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Ataque ao Capitólio: Homem que posou no escritório de Pelosi é condenado

Richard Barnett se tornou um dos réus de maior desataques dos casos de invasão ao Capitólio e pode pegar até 47 anos de prisão

Por Da Redação
Atualizado em 24 jan 2023, 17h51 - Publicado em 24 jan 2023, 17h51

Promotores dos Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira, 24, que o homem que tirou uma foto com a bota apoiada na mesa do escritório da então presidente da Câmaras dos Deputados, Nancy Pelosi, durante a invasão ao Capitólio por apoiadores do ex-presidente Donald Trump em 2021 foi condenado por um júri federal por oito acusações, incluindo conduta desordeira. 

Morador de Arkansas, Richard Barnett, de 62 anos, também conhecido como Bigo, se tornou um dos réus de maior destaque dos casos de ataque à sede do Congresso americano. De acordo com os promotores, o episódio chamou atenção depois que ele foi fotografado no escritório de Pelosi com uma arma de choque pendurada no cinto. 

Barnett foi preso no dia 8 de janeiro de 2021 e indiciado no dia 29 do mesmo mês. As oitos acusações eram de quatro crimes e quatro convenções. Além da conduta desordeira, a incriminação também inclui obstrução de um processo oficial – a certificação dos resultados eleitorais de 2020 pelos deputados –, entrada em terreno restrito com uma arma mortal ou perigosa, demonstração política em um edifício do governo e roubo de propriedade pública.

+ As semelhanças entre a invasão da Praça dos Três Poderes e a do Capitólio

Ele se declarou inocente em todas as oitos acusações no dia 4 de fevereiro de 2021 e se esforçou para ser libertado sob fiança.

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Depois do julgamento, quando ele apareceu em um vídeo da prisão na audiência, Bingo explodiu de raiva por que o juiz Christopher Cooper, do Tribunal Distrital Federal em Washington, marcou uma segunda audiência apenas para maio do mesmo ano. Bigo aparece no vídeo gritando que não queria permanecer atrás das grades por “mais um mês”. Em abril, ele trocou a prisão por confinamento domiciliar.

Além de sua clássica foto com os pés em cima da mesa de Pelosi, Bigo também foi fotografado com um envelope da parlamentar endereçado a outro congressista. Os promotores afirmam que ele roubou este documentos. Ele negou a acusação e disse que, na verdade, deixou para trás uma moeda de 25 centavos na mesa.

A arma de choque que ele carregava foi identificada apenas mais tarde, disseram os promotores. A embalagem do artefato foi encontrada posteriormente em sua casa depois que os investigadores executaram um mandado de busca no local. 

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Um porta-voz do Ministério Público do Distrito de Columbia afirmou que Bigo pode pegar até 47 anos de prisão, quando for sentenciado no dia 3 de maio. Segundo seu advogado, Joseph McBride, o cliente, que era vendedor, planeja apelar do veredicto.

“Ele ama a Deus”, afirmou McBride em uma entrevista nesta segunda-feira 23. “Ele ama seu país. Ele entende que fez algo errado. Ele não acha que sua vida deveria acabar porque colocou os pés em cima da mesa de alguém.”

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No julgamento deste mês, McBride argumentou que seu cliente foi “involuntariamente” empurrado para dentro do Capitólio pela multidão e que todos seus atos foram “baseados em protestos públicos”.  Ele teria entrado na sala de Pelosi porque procurava um banheiro quando entrou no escritório. 

“Ele não é um terrorista doméstico, é o tio caipira maluco de fora da cidade”, disse seu advogado durante as declarações de abertura na semana passada, informou a agência de notícias United Press International (UPI).

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Para McBride, seria impossível que Barnett obtivesse um julgamento justo em Washington, apontando também para a “natureza política do caso”. Segundo ele, a maioria dos jurados do estado apoiam o presidente Joe Biden, em oposição ao ex-presidente Trump, e todas as tentativas de transferir o caso foram rejeitados.

“Obviamente, estamos desapontados com a conclusão do júri”, falou McBride. “Sabíamos, ao entrar no julgamento, que o baralho estava contra nós”, acrescentou.

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