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Ataque aéreo israelense na Síria mata mais de 40 pessoas, diz observatório

Bombardeio perto de depósito de armas de Aleppo supostamente matou combatentes do Hezbollah e forças sírias; civis também estariam entre os mortos

Por Da Redação
29 mar 2024, 08h59

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, um monitor de guerra com sede no Reino Unido, afirmou nesta sexta-feira, 29, que ataques aéreos israelenses em Aleppo, na Síria, mataram mais de 40 pessoas, incluindo membros do Hezbollah, facção islâmica do Líbano, e um grande número de soldados sírios. A área atingida fica próximo a depósitos de armas do grupo militante libanês.

Segundo o observatório, cerca de 42 pessoas foram mortas devido a bombardeios e ataques com drones na madrugada desta sexta, das quais pelo menos 36 seriam soldados sírios e seis militantes do Hezbollah. Outras dezenas de pessoas teriam ficado feridas. Uma fonte de segurança disse à agência de notícias Reuters que um dos mortos era um comandante local do Hezbollah, cujo irmão havia sido morto em um ataque israelense no sul do Líbano em novembro.

“Pelo menos 36 soldados foram mortos e dezenas ficaram feridos”, disse o observatório, que tem uma extensa rede de fontes na Síria. “Vale notar que este é o maior número de mortes na história entre as forças do regime num único ataque israelense em território sírio”, completou o relatório do monitor.

Hezbollah na Síria

O Hezbollah acrescentou que Israel também lançou investidas contra locais ligados às forças de defesa aérea em al-Saferah, enquanto explosões foram ouvidas na área de Kafr Joum, no oeste de Aleppo. Depósitos de mísseis do grupo libanês, que é apoiado pelo Irã, perto do aeroporto internacional em Aleppo também teriam sido atingidos.

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Embora o Hezbollah seja libanês, a facção enviou militantes para a Síria para apoiar o seu aliado, o presidente Bashar al-Assad, desde a revolta contra o seu governo, em 2011. A rebelião rapidamente se transformou numa guerra civil, atraindo players regionais e globais. O Hezbollah continua a operar no país desde então.

O que diz a Síria

Já a agência de notícias estatal síria, Sana, alegou que civis estariam entre os mortos e feridos. O Ministério da Defesa do país disse que os ataques israelenses atingiram várias áreas na parte sudeste da província de Aleppo por volta da 1h45 (hora local), matando vários civis e militares.

A pasta acrescentou que os bombardeios coincidiram com investidas de drones lançados a partir de Idlib e da zona rural ocidental de Aleppo, conduzidos por “organizações terroristas” contra civis, segundo o ministério.

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O que diz Israel

Os militares israelenses afirmaram que “não comentariam as reportagens da mídia estrangeira”. Israel frequentemente lança bombas contra alvos ligados a Teerã na Síria, mas raramente reivindica sua autoria: foram centenas de ataques aéreos desde que a guerra civil síria começou, em 2011, na tentativa de cortar as rotas de abastecimento do Hezbollah para o Líbano que passam pelo país.

Israel e o Hezbollah também têm trocado disparos na fronteira sul do Líbano, em paralelo à guerra em Gaza. Mais de 270 combatentes do Hezbollah e 50 civis, incluindo médicos e jornalistas, foram mortos desde que o conflito no enclave palestino começou, enquanto 12 soldados israelenses e 25 civis morreram no norte de Israel.

A frequência dos ataques aumentou desde o início da guerra no Oriente Médio, após os ataques do Hamas, em 7 de outubro de 2023, que resultaram em cerca de 1.200 óbitos em Israel, e no sequestro de 250 reféns (dos quais 130 permanecem em Gaza). Em resposta, a campanha militar de Tel Aviv matou pelo menos 32.552 palestinos em Gaza, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o ministério da Saúde administrado pelo Hamas.

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