Ataque aéreo de coalizão atinge filiada à Al Qaeda na Síria
A ONG Observatório Sírio para Direitos Humanos também informa que ao menos 13 crianças morreram após uma escola ser atingida por morteiros
Por Da Redação
6 nov 2014, 07h34
Ataques aéreos realizados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos para combater o grupo Estado Islâmico (EI) atingiram durante madrugada desta quinta-feira alvos do grupo Frente Nusra, ligado à Al Qaeda, no noroeste da Síria, informou uma organização civil que monitora a violência na guerra civil síria. O Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH), ONG com sede em Londres, disse que os ataques aéreos atingiram um escritório e um veículo usados pela Frente Nusra em Idlib, província onde na semana passada o grupo ligado à Al Qaeda derrotou rebeldes sírios apoiados pelo Ocidente. O Observatório também relatou o primeiro ataque contra o Ahrar al-Sham, outro grupo islamita extremista que atua na Síria.
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Ataques de morteiros atingiram uma escola nesta quarta em um subúrbio de Damasco, deixando pelo menos treze crianças mortas. Três morteiros atingiram a Escola Haya em Qaboun, de acordo com o morador local Abu Akram Al Shami, citado pela OSDH. Crianças sírias muitas vezes têm sido vítimas da guerra civil do país, agora em seu quarto ano, apesar de não serem alvos específicos. O ataque desta quarta foi o episódio mais grave de violência contra menores na Síria desde um atentado suicida duplo que matou pelo menos 25 crianças em um bairro controlado pelo governo na cidade central de Homs, em outubro.
Não ficou imediatamente claro quem disparou os ataques. Tanto as forças leais ao ditador Bashar Assad quanto os rebeldes oposicionistas usam esse tipo de arma. Ativistas disseram acreditar que as forças pró-Assad foram responsáveis porque seria improvável que rebeldes atirassem em seu próprio povo. Funcionários do governo não comentaram o assunto.
Três anos após o início da guerra civil da Síria, conflito que já deixou mais de 191.000 mortos, não há indicações de que o confronto esteja próximo do fim. Os esforços para promover um diálogo entre representantes do regime do ditador Assad e da oposição não apresentaram avanços. Os protestos contra o governo se transformaram em uma violenta guerra civil sectária que dividiu ainda mais o país. A oposição síria moderada perdeu espaço com o avanço de diversos grupos extremistas, entre eles a Frente Nusra, o Estado Islâmico (EI) e o Khorasan.
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Armas químicas – As operações para destruir as últimas instalações de produção de armas químicas na Síria começarão este mês e serão concluídas em 2015, informou nesta quarta um alto funcionário do Conselho de Segurança das Nações Unidas. A diplomata holandesa Sigrid Kaag, que lidera a missão das Nações Unidas encarregada de destruir o arsenal químico sírio, disse aos membros do Conselho que treze unidades de produção serão desmanteladas.
Após um ataque com gás sarin em agosto de 2013, nos arredores de Damasco, denunciado por grande parte da comunidade internacional, que acusou o regime do ditador Assad, e de ameaças de ataque por parte de Washington, o governo sírio aceitou desmantelar seu arsenal químico. O embaixador sírio na ONU, Bachar Jaafari, confirmou a jornalistas que a destruição começará “este mês”.
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