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Assange repete argumentos em entrevista a emissoras de TV patrocinadas por Chávez e Correa

Fundador do Wikileaks reafirmou que a acusação de abuso sexual na Suécia é resultado da pressão americana sobre o país escandinavo

Por Da Redação
30 ago 2012, 19h23
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  • O fundador do Wikileaks, Julian Assange, aproveitou entrevista concedida a canais de televisão sustentados pelos governos Hugo Chávez e Rafael Correa para repetir seus argumentos e acusações. O australiano atendeu aos repórteres da venezuelana Telesur e da equatoriana Gama TV na embaixada do Equador, onde se encontra desde 19 de junho.

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    Assange voltou a dizer que a acusação de abuso sexual na Suécia é resultado da pressão americana. “A Suécia mudou de uma maneira muito triste”, afirmou. Ele ressaltou a forte relação diplomática entre os dois países, citou a participação do Exército sueco nas forças aliadas no Afeganistão e sugeriu que os escandinados participaram da ação que derrubou o ditador líbio Muamar Kadafi. Assange reiterou que ele e a Wikileaks são objeto “de uma perseguição política dos Estados Unidos e de seus aliados”.

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    Entenda o caso

    1. • Julian Assange é acusado de agressão sexual por duas mulheres da Suécia, mas nega os crimes, diz que as relações foram consensuais e que é vítima de perseguição.
    2. • Ele foi detido em 7 de dezembro de 2010, pouco depois que o site Wikileaks, do qual é o proprietário, divulgou milhares de documentos confidenciais da diplomacia americana que revelam métodos e práticas questionáveis de muitos governos – causando constrangimentos aos EUA.
    3. • O australiano estava em prisão domiciliar na Grã-Bretanha, até que em maio de 2012 a Justiça determinou sua extradição à Suécia; desde então, ele busca meios jurídicos para ter o caso reavaliado, com medo de que Estocolmo o envie aos EUA.

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    Assande recebeu asilo diplomático do Equador, uma concessão que não deixa de ser irônica, pois marca a aproximação entre um homem que se proclama defensor incondicional do direito de expressão, como Assange, e um dos grandes perseguidores da imprensa independente, como o presidente equatoriano Rafael Correa. Analistas avaliam que Assange parece estar mais interessado em se salvar do que em defender a imprensa livre.

    Vídeo: Retrospectiva WikiLeaks

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    Correa tem dito que há “claros indícios” de que Assange é perseguido politicamente e que, “em caso de uma possível extradição aos Estados Unidos, ele não possui nenhuma garantia de um devido processo”. Apesar do asilo político do Equador, ele não pode sair da embaixada equatoriana em Londres pela falta de um salvo-conduto por parte do governo britânico. Neste aspecto, o presidente equatoriano propõe que a Grã-Bretanha entregue um salvo-conduto a Assange ou que a Suécia dê garantias de que não o extraditará aos Estados Unidos.

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    Apoios – Nas últimas semanas, o Equador recebeu o apoio da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e da União de Nações Sul-americanas (Unasul) diante da suposta “ameaça” do Grã-Bretanha de invadir sua embaixada em Londres para prender a Assange.

    “Foi uma surpresa prazerosa”, afirmou Assange em relação ao apoio dos latino-americanos. “Todos na América Latina saíram para nos apoiar, inclusive grupos que, relativamente, são de direita em alguns países”, completou.

    Julgamento – O soldado americano Bradley Manning será julgado no dia 4 de fevereiro por ter “ajudado o inimigo” ao divulgar documentos secretos ao WikiLeaks, informou um juiz nesta quinta-feira. Manning, de 24 anos, poderá ser condenado à prisão perpétua por ter repassado documentos secretos americanos sobre a guerra no Iraque e Afeganistão. Foi o maior vazamento de documentos secretos da história americana. O soldado foi preso em maio de 2010 e atuava como analista de inteligência perto de Bagdá.

    (Com agência EFE)

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