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As maiores polêmicas da nova autobiografia do príncipe Harry

'Spare', o aguardado livro de memórias do filho rebelde do rei Charles III, já foi lançado na Espanha e deve chegar ao brasil em 10 de janeiro

Por Amanda Péchy
Atualizado em 6 jan 2023, 09h58 - Publicado em 6 jan 2023, 09h51

A aguardada autobiografia do príncipe Harry, da Inglaterra, “Spare”, (que será lançado como “O que sobra” no Brasil, no dia 10 de janeiro, pela Companhia das Letras), chegou às prateleiras das livrarias da Espanha nesta quinta-feira 5, dias antes de seu lançamento oficial.

O livro revela detalhes nunca antes publicados sobre o relacionamento de Harry com o pai, o rei Charles III, com seu irmão mais velho, o príncipe William e outros membros da família real britânica.

Como é de costume para o encriptado Palácio de Buckingham, os porta-vozes de Charles e William se recusaram a comentar sobre as polêmicas.

Veja alguns dos principais detalhes descritos no livro.

+ Príncipe Harry: “William quebrou minha correntinha”; “Matei 25 talibãs”

A suposta agressão do príncipe William

Harry diz que seu irmão William, agora Príncipe de Gales e herdeiro do trono britânico, o derrubou no chão durante uma discussão em 2019 em sua casa em Londres. O tema da briga era, como não poderia deixar de ser, a esposa americana do Duque de Sussex, a ex-atriz Meghan Markle. Segundo o livro, William teria chamado Meghan de “difícil”, “rude” e “abrasiva”.

Harry escreve que William o agarrou pelo colarinho e o derrubou no chão, onde teria caído em cima da tigela de um cachorro, que quebrou-se e feriu suas costas. Ele diz que recusou uma provocação de William para revidar, e que seu irmão mais tarde se desculpou pelo incidente – mas pediu que não contasse nada à esposa.

+ Harry diz que foi agredido pelo príncipe William em livro, diz Guardian

Camilla, a “madrasta má”

Em um dos trechos da autobiografia, Harry descreve que ele e William “imploraram” ao pai para não se casar com Camilla (que eles chamavam de “a outra mulher”), porque temiam que ela fosse uma “madrasta má”. Harry também se lembra de ter conhecido Camilla pela primeira vez, comparando-o a uma “injeção”: “Feche os olhos e você nem sentirá”.

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“Lembro-me de me perguntar se ela seria cruel comigo, se ela seria como todas as madrastas malvadas das histórias”, escreve Harry. “Há muito tempo Willy suspeitava da Outra Mulher, o que o confundia e atormentava; quando essas suspeitas se confirmaram, ele sentiu um remorso agonizante por não ter feito ou dito nada antes.”

+ A vitória de Camilla, a mulher que infernizou a princesa Diana

No entanto, ele escreve que tanto ele quanto o irmão acabaram desejando um casamento feliz ao pai e simpatizaram com o relacionamento.

“Apesar da amargura e tristeza que sentimos ao fechar mais um ciclo na história de nossa mãe, entendemos que isso era irrelevante”, afirmou no livro.

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Uniforme nazista

Harry tinha 20 anos quando o jornal britânico Sun publicou uma foto sua de primeira página vestido como um soldado nazista, com uma braçadeira vermelha com uma grande suástica estampada. A foto foi tirada em uma festa à fantasia com o tema “Nativo e Colonial”, onde William estava vestido com uma roupa de leão feita em casa.

Na autobiografia, o príncipe rebelde escreve sobre a escolha da roupa, dizendo que ficou indeciso entre duas fantasias: um piloto ou um nazista.

“Telefonei para Willy e Kate, perguntei o que eles achavam. Uniforme nazista, eles disseram”, escreve Harry, acrescentando que quando ele foi para casa e o experimentou para eles, “os dois uivaram de rir”. Anteriormente, ele descreveu o incidente como “um dos maiores erros da minha vida”.

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Filho ilegítimo

Uma passagem do livro descarta os rumores da mídia britânica de que ele foi o resultado de um caso entre o major James Hewitt e sua mãe, a princesa Diana, bem como as sugestões de que seu pai costumava brincar sobre não saber quem era o verdadeiro pai de Harry.

O príncipe diz que a ideia é absurda, visto que sua mãe só conheceu Hewitt muito depois de ele nascer.

Controvérsias sobre seu casamento com Meghan

Harry afirma que a família real não foi cooperativa na escolha da data e do local de seu casamento com Meghan. Ele diz que quando consultou seu irmão sobre a possibilidade de se casar na Abadia de Westminster ou na Catedral de São Paulo, William disse nenhuma das duas eram opções viáveis porque haviam sido locais dos casamentos de Charles e Diana e de William e Kate, respectivamente.

Em vez disso, William sugeriu uma capela de aldeia perto da casa de Charles em Highgrove House, no sudoeste da Inglaterra. Harry e Meghan finalmente se casaram na Capela de São Jorge, no Castelo de Windsor, em maio de 2018.

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Consumo de drogas

Harry relata que, quando tinha 17 anos, lhe ofereceram cocaína na casa de alguém. Depois disso, ele consumiu a droga em várias outras ocasiões, embora insista no livro que as reportagens sugerindo que ele era viciado em drogas eram falsas.

“Não foi muito divertido e não me fez sentir especialmente feliz como parecia fazer com todos os outros, mas me fez sentir diferente, e esse era meu principal objetivo. Eu era um garoto de 17 anos pronto tentar qualquer coisa que alterasse a ordem pré-estabelecida”, escreve ele.

Harry também conta como, como aluno do prestigiado Eton College, costumava fumar maconha no banheiro de sua casa, enquanto a polícia de Thames Valley servia como guarda-costas, patrulhando o exterior do prédio.

Comparações com Diana

Harry descreve o encontro com uma mulher com “poderes”, uma médium ou clarividente, que disse que podia sentir o espírito da princesa Diana. Ele conta que a mulher foi indicada por amigos e que, embora tivesse dúvidas sobre ela, assim que a encontrou “senti uma energia ao seu redor”.

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“Sua mãe diz que você está vivendo a vida que ela não poderia viver, a vida que ela queria para você”, a mulher disse, cita Harry.

Mortes no Afeganistão

Harry diz que matou 25 pessoas quando servia como piloto de helicóptero no Afeganistão. Ele diz que participou de seis missões, todas envolvendo mortes, mas diz que as considera justificáveis, pois os rebeldes do Talibã queriam matar seus companheiros.

“Não foi uma estatística que me encheu de orgulho, mas também não me deixou envergonhado. Quando me vi mergulhado no calor e na confusão do combate, não pensei naqueles 25 como pessoas. Eram peças de xadrez retiradas do tabuleiro, pessoas más eliminadas antes que pudessem matar pessoas boas.”

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