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Argentina, Venezuela e Equador estão entre os países mais hostis ao jornalismo

Segundo Relatório da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), bolivarianos usam de manobras judiciais e ameaças para coibir a livre circulação de informações

Por Da Redação
14 out 2012, 16h40

Argentina, Venezuela e Equador são os países das Américas mais hostis ao jornalismo, aponta um relatório preliminar da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) divulgado neste domingo. Neles, diz o documento, a atividade é constantemente minada por manobras judiciais, ameaças e violência.

“São tempos perigosos para os jornalistas”, afirmou o presidente da SIP, Milton Coleman, do jornal americano The Washington Post, ao abrir a sessão da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação, em São Paulo, durante a 68ª Assembleia Geral do órgão, que teve início na sexta-feira.

Em seu relatório anual, que será submetido à votação da Assembleia na próxima terça-feira, a SIP assinala que, na Argentina, “uma série de resoluções governamentais, manobras judiciais e declarações ameaçadoras de autoridades públicas configuram um cenário sombrio para o exercício do jornalismo”.

O texto enfatiza as dificuldades de acesso às fontes oficiais e o uso que a presidente Cristina Kirchner faz das redes nacionais de rádio e TV. Destaca, ainda, o aumento dos recursos para os veículos de comunicação oficiais, enquanto os privados sofrem “pressão e discriminação”. O relatório também revisa o caso do Grupo Clarín.

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Outro capítulo extenso do relatório se refere à Venezuela, onde, na opinião da SIP, “a elevada polarização política ameaça o livre exercício do jornalismo”.

Falta de acesso às fontes oficiais, maus-tratos, prisões e insultos a jornalistas estão, segundo a entidade, entre os principais problemas enfrentados pela imprensa no país governado por Hugo Chávez, recém-eleito para um novo mandato de seis anos.

O relatório enumera uma extensa lista de agressões à imprensa, relata o uso excessivo que Chávez faz das redes de comunicação, e lembra a multa de 2,1 milhões de dólares aplicada à emissora privada Globovisión, crítica ao governo, pela cobertura de uma crise carcerária em 2011.

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No Equador, “não existe liberdade plena de expressão e informação”, afirma a SIP em seu relatório, acrescentando que o governo toma decisões seguidas que contribuem para deteriorá-la. “A Justiça continua emitindo sentenças baseadas em figuras como desacato e injúria em relação a autoridades”, aponta o documento. “O regime continua usando recursos públicos para atacar e desmentir sistematicamente o que publicam jornalistas de opinião diferente da oficial.”

No Brasil, o motivo de alarme é o aumento do número de assassinatos de jornalistas. O texto aborda três casos ocorridos neste ano. Agressões a jornalistas e casos de ameaça e censura prévia, principalmente em época eleitoral, são enumerados no relatório. Na apresentação destacou-se, no entanto, o papel positivo da imprensa na cobertura do julgamento do mensalão.

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(Com AFP)

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