Argentina: monja é indiciada em caso de abuso a crianças surdas
O caso foi revelado no final de 2016 depois que uma adolescente, agora com 17 anos, disse ter sofrido abusos quando criança
A procuradoria da Argentina indiciou nesta quarta-feira a monja argentina, Asunción Martínez, por omissão em um caso de abusos sexuais em um instituto para surdos-mudos na província de Mendoza. Ela se junta a outra religiosa, de origem japonesa, já detida no mesmo caso. Asunción está sendo investigada como participante primária por omissão com, segundo o inquérito, “acesso carnal gravemente ultrajante agravado”.
No total, outras cinco pessoas já foram detidas, entre elas dois sacerdotes, por várias acusações de abusos de menores com idades entre 10 e 12 anos do Instituto Antonio Próvolo para crianças com problemas de linguagem, situado na localidade de Luján de Cuyo, no interior do país.
Até agora, as vítimas que tinham prestado depoimento à Justiça haviam isentado Martínez, mas um ex-aluno da escola afirmou que a monja conhecia os fatos, o que provocou seu indiciamento.
O juiz responsável pelo processo, contudo, decidiu mantê-la em liberdade pois sempre que solicitada, ela compareceu ao tribunal. A indiciada, à qual algumas vítimas tinham se referido em seus depoimentos como “a monja boa”, era a superiora de Kosaka Kumiko, a religiosa japonesa que permanece detida desde maio por omissão no mesmo caso.
Os detidos são dois sacerdotes — o octogenário Nicolás Corradi e Horacio Corbacho, de cerca de 55 anos — e três funcionários do instituto. O caso foi revelado no final de 2016 quando uma adolescente, que agora tem 17 anos, disse ter sofrido abusos de Corbacho quando tinha 5 anos.
(com EFE)