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Argentina estende medidas restritivas para frear aumento da Covid-19

Medidas seriam encerradas nesta sexta-feira e foram renovadas para tirar pressão do sistema de saúde, segundo Fernández

Por Da Redação 30 abr 2021, 15h24

O governo da Argentina anunciou nesta sexta-feira, 30, que vai prorrogar até o dia 21 de maio as medidas restritivas para conter a segunda onda do novo coronavírus, um dia após bater o recorde nacional diário. As medidas serão diferentes de acordo com cada região e o foco principal é na região metropolitana de Buenos Aires, local onde 15 dos 45 milhões de argentinos vivem.  

“Devemos fazer um novo esforço para diminuir a circulação, reduzir os contágios e, assim, descomprimir, tanto quanto possível, nosso sistema de saúde”, disse o presidente Alberto Fernández. 

As medidas de restrição entraram em vigor no dia 9 de abril e tinham previsão de serem encerradas nesta sexta-feira. No entanto, dada a instabilidade do cenário, o governo decidiu prorrogá-las. Entre elas estão a suspensão das aulas presenciais na região metropolitana de Buenos Aires, restrições de circulações noturnas, além da proibição de reuniões em residências privadas. Bares e cassinos também estão proibidos de funcionar durante o período. 

As as novas medidas são adotadas com base em critérios epidemiológicos e serão diferentes dependendo do nível de perigo da região, afirmou Fernández. Em áreas onde o risco é médio, os governos provinciais terão a autonomia para adotar normas para reduzir a circulação.  

Na região da capital, que além do grande número de pessoas registra também o maior número de casos e mortes, as medidas serão mais severas. Além da suspensão das aulas presenciais, a circulação está proibida de 20h às 6h, o comércio só poderá funcionar até as 19h e transporte público fica restrito apenas às pessoas que atuam em áreas essenciais.  

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A suspensão das aulas presenciais têm gerado um embate entre o presidente e o prefeito de Buenos Aires, o opositor Horacio Rodríguez Larreta, que entrou com um recurso no Supremo Tribunal de Justiça para não acatar as ordens. Em resposta, o chefe de Estado anunciou que enviará ao Parlamento um projeto de lei para que o presidente e governadores tenham pleno poder para adotar as normas necessárias. 

A continuidade das medidas têm como objetivo frear o avanço da doença na Argentina, que já dura quase um mês. Na última quinta-feira, 29, foram registradas 561 novas mortes pela Covid-19 e 26.053 novos casos, totalizando 63.508 vítimas e 2.954.943 casos desde o início da pandemia. Segundo os dados mais recentes do governo, 76,8% dos leitos estão ocupados na região de Buenos Aires, enquanto a ocupação no país já ultrapassa os 68%.

A quarentena imposta na Argentina gera críticas desde o ano passado, quando o presidente foi acusado de adotar medidas muito severas e que prejudicaram a economia nacional. Além disso, a campanha de vacinação caminha em ritmo lento. Apenas 15% dos argentinos receberam ao menos uma dose do imunizante, enquanto apenas 2% foram totalmente vacinados.  

Para tentar conter a crise econômica, o governo anunciou que irá reforçar a assistência econômica com um investimento de cerca de 17 bilhões de reais. Em recessão desde 2018, o país viu seu Produto Interno Bruto cair 9,9% em 2020, ao mesmo tempo que a pobreza atinge 42% da população, que acumula 11% de desempregados. 

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