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Aprendizagem da acupuntura atrai cada vez mais estrangeiros à China

Por Da Redação
11 jun 2012, 06h25

Paloma Caballero.

Pequim, 11 jun (EFE).- A técnica da acupuntura atrai à China cada vez mais profissionais estrangeiros ‘que desejam aprender como eliminar a dor e abrir as vias da energia’, disse à Agência Efe Liu Yun, vice-presidente da Federação Mundial das Sociedades de Acupuntura e Moxabustão.

Filha de médicos e esposa de um dos mais famosos pintores chineses contemporâneos, Zhao Zhunwang, Liu reconhece as dificuldades de explicar uma prática milenar cujo objetivo é desbloquear canais ‘para que a energia flua e evite que um órgão adoeça’.

Também presidente da Associação de Medicina Chinesa e Acupuntura dos Estados Unidos, para onde viaja regularmente tanto para conferências como para tratamentos, Liu atualmente dirige em Pequim um curso intensivo para acupunturistas do Brasil e do Chile.

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Com entusiasmo, ela explica aos 50 profissionais sul-americanos o grande avanço que foi inserir o calor nas agulhas há quatro décadas.

‘Agora controlamos a temperatura até os 42-43 graus, e inclusive prolongamos o calor, muito importante para queimar tumores’, assinalou.

Segundo disse à Agência Efe a chilena María Ignacia León, ‘embora seja médica, decidi estudar esta técnica complementar ao ver que muitas doenças não podem ser curadas com nossa medicina ocidental’.

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No grupo de María, viajaram para Pequim os cinco melhores alunos do curso de um ano premiados para levar novas técnicas da especialidade ao Chile, onde cresce o uso de remédios complementares para ajudar pessoas que não encontram soluções.

Após uma aula de Liu sobre acupuntura oftálmica, o fisioterapeuta chileno Patrício Taipa, que se candidatou como exemplo, destacou que ‘não dói quando é feita por especialistas, fica somente uma sensação de adormecimento’.

Ao terminarem os cursos intensivos, os profissionais, ‘tanto fisioterapeutas, enfermeiros, médicos e inclusive veterinários, recebem um diploma da Federação, que nos orgulha e nos reconhece como acupunturistas’, disse à Agência Efe Adriano Silvano Paes, de São Paulo.

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Os profissionais de acupuntura pedem no Brasil há anos, segundo disseram à Efe, uma especialidade universitária única para o Ministério da Educação e Cultura, frente ao reconhecimento de cada escola.

Flávia Pereira, do Rio de Janeiro, e Maria Cristina de Lima, de São Paulo, destacaram que dez grupos de brasileiros fizeram em Pequim os cursos na Federação chinesa na última década.

Pela primeira vez este ano, viajaram apoiados pela Academia Brasileira de Arte e Ciência Oriental do Rio, do Brasil Oriente de São Paulo, do Sindicato de Acupuntura do Estado do Rio de Janeiro e da Associação de Medicina Tradicional China-Brasil.

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‘Cerca de 60 mil pessoas praticam acupuntura no Brasil e queremos que a prática seja regularizada com uma lei. Há muito debate, pois os médicos defendem que somente eles podem praticá-la como cirurgia médica’, disse à Agência Efe Walter Galvão, vice-presidente do sindicato do Rio.

‘Um diploma universitário beneficiaria também a qualidade e ampliaria a oferta, pois no Brasil não há médicos suficientes para atender à especialidade’, acrescentou Galvão.

A acupuntura é um dos ramos da medicina tradicional chinesa (MTC), junto à massagem, ervas e moxabustão, tai qi o qi gong, a ginástica da energia (que com fonte no taoísmo, considera que o universo nasceu pelo princípio dinâmico de duas forças complementares e opostas), o yin (a Terra – feminino) e o yang (o Sol – masculino).

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Embora cada vez mais popular, a MTC enfrenta também dificuldades de falsificação de licenças e materiais e, em 22 de maio, a Administração Estatal de Alimentos e Remédios lançou uma campanha de seis meses contra as cópias.

Uma proposta conjunta de 14 governos locais pediu também a ajuda da MTC com uma estratégia de mercado e gestão conjunta para o exterior.

Até 2015, a China impulsionará o estabelecimento de empresas de MTC com parceiros locais na União Europeia, Américas, Oriente Médio e Sudeste Asiático. EFE

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