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Após visita de Zelensky, Rússia acusa EUA de travar guerra por procuração

Para o Kremlin, viagem do líder ucraniano mostrou que EUA não estão interessados em negociações de paz

Por Amanda Péchy
22 dez 2022, 09h00
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  • WASHINGTON, DC - DECEMBER 21: U.S. President Joe Biden (R) welcomes President of Ukraine Volodymyr Zelensky to the White House on December 21, 2022 in Washington, DC. Zelensky is meeting with President Biden on his first known trip outside of Ukraine since the Russian invasion began, and the two leaders are expected to discuss continuing military aid. Zelensky will reportedly address a joint meeting of Congress in the evening. (Photo by Drew Angerer/Getty Images)
    O presidente dos EUA, Joe Biden (dir.), dá as boas-vindas ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca. 21/12/2022 - (Drew Angerer/Getty Images)

    Depois de uma simbólica visita do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca na quarta-feira 21, o Kremlin acusou os Estados Unidos, nesta quinta-feira, 22, de travar uma “guerra por procuração”, nos mesmos moldes do que ocorreu durante o período da Guerra Fria em lugares como Vietnã e nas Coreias.

    De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, o fornecimento de sistemas de defesa aérea pelos americanos a Kiev, conhecidos como “Patriot”, que foi anunciado durante a visita, não contribuirá para resolver o conflito, nem impedirá a Rússia de alcançar seus objetivos.

    Em uma ligação com repórteres, Peskov disse que a viagem de Zelensky a Washington, D.C., não demonstrou sinais de prontidão para iniciar negociações de paz. Isso, ele declarou, era uma evidência de que os Estados Unidos estavam travando uma guerra por procuração com a Rússia “até [morrer] o último ucraniano”.

    + Zelensky pode ter sucesso no campo de batalha com ajuda dos EUA, diz Biden

    Uma guerra por procuração é definida como “uma guerra travada entre grupos de países menores, cada um representando os interesses de outras potências maiores, que podem contar com ajuda e apoio deles”.

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    Não é a primeira vez que a Rússia faz uma acusação do tipo. Em agosto, o Ministério da Defesa da Rússia disse que Vadym Skibitsky, vice-chefe de inteligência militar da Ucrânia, admitiu ao jornal britânico Telegraph que Washington é responsável por coordenar ataques com outro sistema de armas que a Casa Branca forneceu a Kiev, os mísseis de longo alcance e alta precisão HIMARS.

    “Tudo isso prova inegavelmente que Washington, ao contrário das alegações da Casa Branca e do Pentágono, está diretamente envolvido no conflito na Ucrânia“, disse a pasta.

    O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que deseja que os ucranianos derrotem a Rússia, e que compartilha “exatamente a mesma visão” de uma Ucrânia livre com o presidente Zelensky. Para isso, seu governo já forneceu mais de US$ 50 bilhões (R$ 260 bilhões) em preciosa ajuda bélica e humanitária a Kiev, mas as autoridades americanas não querem um confronto direto entre soldados americanos e russos.

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    Como Biden disse em entrevista à rede americana NBC News no início da guerra, em fevereiro, “vira uma guerra mundial quando os americanos e a Rússia começam a atirar um no outro”. Em outras palavras, a entrada dos Estados Unidos no conflito tem o potencial de desencadear uma guerra global.

    Limitar o potencial do conflito, segundo analistas, é chave para a diplomacia. E, embora a guerra na Ucrânia seja trágica, caótica e devastadora, ainda é apenas um conflito regional.

    Se os Estados Unidos e a Otan, aliança militar ocidental liderada pelos americanos, enviassem soldados para solo ucraniano para ajudá-los a combater os russos, a dinâmica mudaria para um conflito multinacional com potenciais implicações globais. Por causa disso, americanos e europeus estão tentando influenciar o sucesso da Ucrânia e a derrota da Rússia fornecendo outros tipos de apoio.

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