Após uma semana de trégua, a capital da Ucrânia voltou a ser alvo de ataques russos e a registrar fortes explosões. De acordo com o prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, os ataques que começaram na sexta-feira, 15, e se estendem neste sábado, se concentraram nos arredores da cidade. O político informou que no local de um dos ataques estavam trabalhando equipes de resgate e médicos. Com a volta da ofensiva do exército de Vladimir Putin à região, o prefeito reiterou o pedido para que os moradores que fugiram da cidade no início da guerra não retornem.
Ainda de acordo com o prefeito de Kiev, pelo menos uma pessoa foi morta nas últimas explosões no distrito de Darnytskyi. Também há informações de feridos, que ainda estariam sendo contabilizados e atendidos em um hospital da região.
Após os bombardeios, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia disse que as suas forças usaram “armas de longo alcance de alta precisão lançadas do ar” para atingir uma fábrica de veículos blindados em Kiev. Além da capital, fortes explosões atingiram Lviv, no oeste do país, na manhã deste sábado. Sirenes de alerta, no entanto, soaram em grande parte do país.
Em Kharkiv, no norte da Ucrânia, um ataque com míssil atingiu um dos distritos da região. Uma pessoa morreu e pelo menos 18 ficaram feridas, segundo o chefe da Administração Militar Regional do Estado de Kharkiv, Oleh Synehubov. Ele informou ainda que o bombardeio foi em um dos distritos centrais da região e os ataques estão intensos em áreas residenciais.
O receio de um ataque nuclear foi externado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Ele afirmou que os bombardeios contra a capital ucraniana e os últimos movimentos da Rússia na guerra devem acender o alertar e preocupar “o mundo inteiro” sobre o risco de uso desse tipo de armamento.
Os novos ataques ao país acontecem após o naufrágio do navio mais importante da frota russa no Mar Negro, o cruzador antimísseis Moskva. Ele afundou após uma explosão na última quinta-feira. De acordo com as autoridades ucranianas, o navio foi atingido por um míssil, o que a Rússia nega. Fontes do Pentágono mencionadas pela imprensa americana também confirmam que o Moskva foi atingido em um ataque aéreo.