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Após ofensiva contra Gaza, Israel convoca reservistas

Brasileira relata sentimento de que exército está pronto para invadir Gaza

Por Sarah Germano
14 nov 2012, 19h07

Depois de lançar um dos maiores ataques a Gaza desde a invasão de quatro anos atrás, Israel passou a mobilizar tropas militares de reserva, o que está sendo interpretado como o primeiro passo para uma nova invasão. Nesta quarta-feira, o chefe do braço militar do grupo terrorista Hamas, Ahmed Jabari, foi morto em uma ofensiva aérea israelense. O bombardeio atingiu pelo menos 20 alvos e provocou reações do Egito, que exigiu a “suspensão imediata” dos ataques.

Ministros reunidos em Jerusalém concordaram “em permitir que as Forças de Defesa de Israel alistem reservistas de acordo com a necessidade e a autorização do ministro da Defesa”, informa um comunicado divulgado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

A operação, que está sendo chamada de “Pilar de Defesa” em resposta a repetidos ataques com foguetes lançados por militantes palestinos, teria deixado pelo menos outros oito mortos e 40 feridos.

Saiba mais: Bombardeio israelense mata chefe militar do Hamas

A brasileira Karina Auerbach, que mora em Israel desde 2000, disse, em entrevista ao site de VEJA, que o sentimento entre a população local é de que o exército está pronto para invadir Gaza a qualquer momento. Ela contou que seu marido, Xhai, de 33 anos, foi um dos convocados. Ele trabalha no exército na área de controle de armas químicas.

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Segundo ela, o sul do país está totalmente parado. As aulas foram interrompidas e as autoridades recomendaram que as pessoas passem a noite em abrigos. “Estamos sempre preparados para ir para um abrigo, estocar comida”, disse Karina, comentando a sensação constante entre os israelenses de que o país pode ser atacado. “A gente sempre pensa que pode ter uma guerra a qualquer momento, a guerra está sempre em mente”.

Questionada sobre o conflito ocorrido na Faixa de Gaza entre 2008 e 2009, Karina disse acreditar que agora a situação é muito mais perigosa. “Naquela época, a ameaça do Irã não era tão grande, sentimos a ameaça muito mais próxima, em razão da bomba atômica. O Egito também estava muito mais estável, agora é um caos total, muito mais radical”, disse, explicando que existe o medo de que países da região se juntem para atacar Israel.

Histórico – Jabari foi o mais alto funcionário do Hamas a ser morto desde a ofensiva israelense na Faixa de Gaza, há quatro anos. Após o anúncio de sua morte, chamados por vingança foram transmitidos pela rádio do grupo terrorista. “A ocupação abriu as portas do inferno”, disse um porta-voz da organização. “Israel declarou guerra contra Gaza e eles vão arcar com a responsabilidade pelas consequências”.

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Guerra – O ataque destruiu a esperança de uma trégua entre as partes, depois de cinco dias de crescente violência. O conflito registrado há quatro anos teve início após uma semana de ataques aéreos e bombardeios, seguidos de uma invasão terrestre da faixa costeira bloqueada. Cerca de 1.400 palestinos e 13 israelenses morreram na ocasião.O Hamas, que governa Gaza desde 2007, não reconhece a existência de Israel.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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