Após morte de militantes, oposição venezuelana pede justiça
Dois militantes pró-Capriles foram mortos a tiros neste fim de semana
O líder da oposição da Venezuela, Henrique Capriles, pediu justiça neste domingo depois que dois de seus ativistas foram mortos a tiros. Com eleições marcadas para o próximo domingo, o país tem uma disputa eleitoral apertada, com tensões elevadas.
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O episódio mais violento da campanha ocorreu no sábado, quando homens armados mataram dois militantes pró-Capriles no estado de Barinas. Testemunhas afirmam que os disparos deixaram uma terceira vítima, mas seu nome não foi divulgado.
“Ontem, infelizmente, a violência tomou vidas. Algo assim nunca deve acontecer”, disse Capriles em um grande comício em Caracas. “Eu quero dizer a suas famílias que estamos caminhando para vencer a violência no dia 7 de outubro (data da eleição venezuelana).”
O partido de Capriles, o Primeiro Justiça, disse que os agressores haviam disparado a partir de uma van, que testemunhas identificaram como pertencentes a uma instituição do Estado, depois de partidários do ditador Hugo Chávez, que tenta a reeleição, bloquearem uma carreata da oposição.
O governo não confirmou essa versão, mas prometeu uma investigação sobre o que chamou de um incidente isolado. “Qualquer coisa que prejudique a paz e a estabilidade devem ser condenados”, disse Jorge Rodríguez, chefe de campanha de Chávez.
Capriles tem criticado Chávez diariamente por causa do aumento da criminalidade, blecautes e infraestrutura de má qualidade. O presidente prometeu maior eficiência do governo se ele ganhar as eleições marcadas para o próximo fim de semana. “Temos que corrigir as coisas,” disse Chávez neste domingo.
(Com a Reuters)