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Após décadas de guerra, curdos anunciam cessar-fogo

Abdullah Ocalan, líder do PKK, fez 'apelo histórico' para diálogo com governo

Por Da Redação
21 mar 2013, 09h57

Por quase 30 anos, Abdullah Ocalan convocou os curdos para a guerra contra o estado turco – o derramamento de sangue de ambos os lados já custou dezenas de milhares de vidas desde 1984. Porém, nesta quinta-feira, dia do ano novo curdo, o fundador do banido Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), condenado à prisão perpétua na Turquia, pediu aos seus seguidores que abandonem as armas e optem pelas vias democráticas.

Em sua mensagem, lida diante de milhares de pessoas em Diyarbakir, a capital do Curdistão turco, por dois deputados do Partido da Paz e a Democracia (BDP), Ocalan afirmou: “Deixem as armas e marchem para fora das fronteiras (da Turquia). Hoje é o início de um novo tempo, no qual começam os direitos democráticos, a liberdade e a igualdade. O derramamento de sangue turco e curdo se deterá. Não serão as armas, mas a política que falará”.

Desde que chegou ao poder, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, afrouxou as restrições sobre a expressão da cultura turca e mostrou sinais de reconciliação. Em meados de março, os rebeldes curdos entregaram oito reféns turcos no norte do Iraque em um gesto de boa vontade. “Isso mostra que pode haver uma solução democrática para a questão curda”, disse Adil Kurt, membro do BDP no Parlamento.

No último dia 18 de março, pela primeira vez desde sua prisão, há 13 anos, Ocalan, autorizado até o fim de 2012 a receber visitas apenas de sua família e de advogados, foi autorizado a receber visitas de deputados do BDP. “Sigo me preparando para lançar um chamado no dia 21 de março”, declarou Ocalan em mensagem lida por um deputado da sigla. “A declaração que realizarei será histórica. Quero solucionar o tema das armas rapidamente”, acrescentou.

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Confirmadas por Erdogan, as discussões com Abdullah Ocalan, detido sob regime de isolamento norte-ocidental de Imrali (noroeste), foram lançadas pelos serviços secretos turcos, com o objetivo de colocar fim aos combates entre as forças turcas e o movimento curdo no sudeste da Turquia, região de maioria curda. O premiê deu garantias de que o Exército não atacaria os milicianos durante uma possível retirada do norte do Iraque.

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