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Após atentado na Rússia, governo promete ‘contra-ataque’

Presidente culpa segurança do aeroporto e pede demissão de responsáveis

Por Da Redação
25 jan 2011, 13h03

O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, prometeu nesta terça-feira um “contra-ataque” depois do atentado no principal aeroporto de Moscou, que matou 35 pessoas e feriu pelo menos outras 110, na véspera. Horas antes, o presidente Dmitry Medvedev disse que brechas na segurança permitiram que uma terrorista suicida ligada ao movimento extremista da região do norte do Cáucaso realizasse o atentado. Ele também pediu a demissão dos responsáveis pela segurança no setor de transporte do aeroporto.

Falando em rede nacional de televisão, Medvedev exigiu respostas do aeroporto sobre como foi permitida a entrada da mulher na área de desembarque, quando passageiros de vários voos chegavam ao local. Ele também exigiu demissões no Ministério do Interior. “Ordeno ao ministro do Interior que proponha demissões ou outras medidas para os responsáveis da segurança no transporte”, declarou Medvedev ao reunir-se com o estado maior do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB).

Além disso, o presidente pediu ao FSB, principal órgão na luta contra o terrorismo, que “aponte responsabilidades entre os altos cargos da pasta”. Putin, por sua vez, falou em um revide contra os terroristas. Mas as agências de notícias que divulgaram as declarações não especificaram contra quem seria a possível retaliação. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque.

Investigação – Os agentes russos trabalhavam nesta terça-feira com a hipótese de que a explosão tenha sido provocada por uma mulher-bomba, acompanhada de um cúmplice. Para eles, a estratégia é característica dos rebeldes do norte do Cáucaso. “A explosão ocorreu no local no momento em que a suposta terrorista abriu sua bolsa. Ela estava acompanhada por um homem, que foi decapitado pela detonação”, declarou uma fonte policial citada pela agência oficial russa Ria Novosti.

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Acredita-se que a bomba tenha explodido prematuramente, quando os autores do ataque tentavam deixá-la no saguão do aeroporto, ou tenha sido ativada à distância, por controle remoto. A cabeça do acusado foi encontrada na segunda-feira e descrita por policias como pertencendo a “um homem de biotipo árabe de 30 ou 35 anos de idade”.

“O atentado foi cometido de acordo com a técnica habitual utilizada pelos (grupos) oriundos do Cáucaso do Norte”, indicou ainda a fonte. Outras pessoas ouvidas pela agência também apontam a Chechênia como pista a ser seguida nas investigações. A região, no sul da Rússia, é berço de um movimento rebelde separatista de inspiração islâmica, nascido após as duas invasões do exército russo depois de 1994

Vítimas – A explosão matou 35 pessoas, segundo as primeiras informações confirmadas pelo Comitê de Investigação da Rússia. Sete estrangeiros estão entre os mortos citados na lista de vítimas divulgada pelo ministério russo de Situações de Emergência. Quarenta e três das 110 pessoas hospitalizadas na segunda-feira depois do ataque permanecem internadas em estado grave ou crítico, segundo o ministério da Saúde.

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De acordo com a polícia, os terroristas detonaram entre cinco e sete quilos de TNT no atentado, cometido no saguão de chegadas internacionais de Domodedovo, o maior aeroporto da Rússia, por onde passaram 22 milhões de passageiros em 2010. “Dados os problemas recorrentes que encontramos neste país – corrupção, falta de justiça, tensões sociais – os atos terroristas vão continuar”, lamentou o vice-presidente da Comissão de Segurança da Câmara Baixa do Parlamento russo, Guenadi Gudkov, em entrevista à rádio Eco de Moscou.

Assista ao vídeo abaixo:

(Com agências France-Presse e Estado)

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