Washington condenou firmemente nesta quinta-feira os dois atentados realizados em Damasco, e mais uma vez exigiu que o regime de Bashar Assad execute o plano do emissário da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan. As explosões de dois carros-bomba devastaram o bairro de Qazzaz, na capital síria, deixando 55 mortos e 372 feridos. Este é o ataque mais mortífero em quase 14 meses de revolta na Síria.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“Qualquer violência que leva ao massacre de civis é condenável e nada pode justificá-la”, declarou a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, em um comunicado. Segundo o texto, a implementação do plano de Annan é fundamental “para evitar uma nova escalada da violência”. Como em outros ataques, o regime e a rebelião se acusam mutuamente pela sua autoria.
Os atentados foram registrados na hora do rush no bairro de Qazzaz, no sul da capital, e fez com que o líder dos observadores da ONU pedisse ajuda para pôr fim à violência que assola o país desde o início da revolta, em março de 2011. Enquanto isso, aumentam as advertências internacionais contra uma guerra civil, em vista das repetidas violações ao cessar-fogo, estabelecido em 12 de abril. A comunidade internacional continua determinada a resolver a crise.
(Com agência France-Presse)