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Após acordo no Iêmen, cinco manifestantes são mortos a tiros

Partidários do presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, abriram fogo nesta quinta-feira contra uma manifestação que exigia a entrega do presidente à justiça. Cinco pessoas morreram no ataque, no dia seguinte ao acordo de transferência pacífica do poder. Milhares de manifestantes foram às ruas convocados pelos “Jovens da Revolução”, que originaram o movimento de contestação no […]

Por Por Hammoud MOUNASSAR
24 nov 2011, 11h45
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  • Partidários do presidente iemenita, Ali Abdullah Saleh, abriram fogo nesta quinta-feira contra uma manifestação que exigia a entrega do presidente à justiça. Cinco pessoas morreram no ataque, no dia seguinte ao acordo de transferência pacífica do poder.

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    Milhares de manifestantes foram às ruas convocados pelos “Jovens da Revolução”, que originaram o movimento de contestação no Iêmen, para protestar contra o acordo assinado na quarta-feira que dá imunidade ao presidente Saleh e a seus parentes.

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    “Nada de garantias, entrega à justiça”, gritavam os jovens na Praça da Mudança em Sanaa, que estão acampados há nove meses para exigir a renúncia do chefe de Estado.

    Os partidários de Saleh atiraram quando chegaram à rua Zubeiri, linha que divide a zona ocupada por militares dissidentes que protegem a Praça da Mudança e áreas de Sanaa controladas pelas forças fiéis ao presidente.

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    Além dos cinco mortos, outros 34 manifestantes ficaram feridos, segundo o novo registro do hospital de campanha instalado na Praça da Mudança.

    O presidente, que está há 33 anos no poder, assinou na quarta-feira à noite em Riad um acordo de saída da crise com a oposição parlamentar. Saleh tem agora um prazo de três meses para deixar o poder.

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    Os manifestantes também atacaram a oposição parlamentar, o Fórum Conjunto, que assinou o acordo com o presidente.

    “Fórum Conjunto, Al-Islah, saia depois do açougueiro (o presidente)”, gritavam os jovens. O partido islâmico Al-Islah é o principal componente do Fórum Conjunto, que também inclui o Partido Socialista Iemenita, que controla o antigo Iêmen do Sul.

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    A situação ficou tensa após o fim da manifestação em Sanaa. Homens armados leais e hostis ao regime ocuparam as ruas, de acordo com um correspondente da AFP.

    Outra manifestação para exigir a entrega de Saleh à justiça aconteceu em Taëz.

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    Saleh deverá passar o poder para seu vice-presidente, Abd Rabbo Mansur Hadi, por um período intermediário em troca de imunidade para ele e sua família. Seu filho mais velho e outros parentes controlam os principais organismos de segurança do Iêmen.

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    Hadi vai formar um novo governo de união com a oposição, que ficará encarregada de supervisionar o diálogo nacional e elaborar a nova constituição.

    Durante os 90 dias até a transferência do poder, Saleh não poderá contestar as decisões do seu sucessor.

    Hadi será presidente por um período de dois anos até a realização de eleições legislativas e presidenciais.

    Os jovens manifestantes expressaram sua oposição contra o acordo devido as garantias de imunidade para Saleh.

    A repressão da revolta popular e os confrontos entre tropas rivais mataram centenas de pessoas desde janeiro.

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