Após 17 dias de operação, equipes de resgate conseguiram retirar, nesta terça-feira, 28, os 41 operários que estavam presos em um túnel que desabou na Índia, na região do Himalaia. Abaixo de escombros de rocha, concreto e terra, os trabalhadores sobreviveram por mais de duas semanas em um espaço de 8,5 metros de altura por dois quilômetros de comprimento.
O acidente ocorreu no estado de Uttarakhand, no norte do país. No local, de acordo com agências de notícias internacionais, há ambulâncias e um hospital de campanha para receber os operários, que devem seguir depois para um hospital a cerca de 30 km de distância.
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Durante o período em que ficaram presos, os homens puderam obter comida, água, luz, oxigênio e medicamentos através de um cano. Na semana passada, o grupo começou a se comunicar com as equipes de emergência por meio de uma câmera de endoscopia, que também chegou ao subsolo por meio do cano, e tiveram acesso a atendimento médico e psicológico. No entanto, a operação de escavação para resgatá-los, usando máquinas de perfuração de alta potência, foi frustrada por uma série de obstáculos.
Especialistas iniciaram a perfuração manual dos escombros nesta segunda-feira, após a máquina que realizava este trabalho não conseguir romper um emaranhado de barras enterradas em estruturas metálicas. O equipamento continuou a ser usado para perfurar acima do túnel. Para o resgate, foi necessário atingir uma profundidade de 86 metros.
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O túnel faz parte da rodovia nacional expressa Char Dham, avaliada em US$ 1,5 bilhões (R$ 7,3 bilhões), um dos projetos mais ambiciosos do primeiro-ministro Narendra Modi, que visa ligar cidades que abrigam alguns dos mais sagrados templos hindus da região, por meio de uma rede de 890 quilômetros de estradas.
As autoridades não disseram o que causou o desabamento no dia 12 de novembro, mas a região é propensa a deslizamentos de terra, terremotos e inundações.