Apesar de acordo, ucranianos continuam em praça ocupada
Reunida no ponto central das manifestações contra o governo, multidão vaiou líderes da oposição pela assinatura do pacto e pediu a renúncia de Yanukovich
Por Da Redação
22 fev 2014, 04h10
Milhares de ucranianos permaneceram na Praça da Independência, em Kiev, durante a noite desta sexta-feira, apesar do acordo assinado entre o presidente Viktor Yanukovich e a oposição. Sem dar sinal de que pretende abandonar os protestos, a multidão recebeu com ceticismo a notícia do pacto que prevê a antecipação de eleições, a formação de um governo de coalizão e a diminuição dos poderes de Yanukovich. Inflamados pelo cortejo de caixões com os corpos de manifestantes mortos, carregados através da praça em uma última homenagem, os ucranianos vaiaram líderes da oposição e pediram a punição do presidente pelas mortes nos últimos dias.
Acordo – Mediado por representantes da União Europeia, o acordo firmado na manhã de sexta busca colocar fim à prolongada crise política que assola o país do leste europeu. A assinatura do pacto aconteceu um dia depois que confrontos sangrentos entre manifestantes e forças de segurança deixaram cerca de 100 mortos e 500 feridos nas ruas da Ucrânia. Em conversa por telefone, o presidente americano Barack Obama e o russo Vladimir Putin concordaram que o plano de paz precisa ser implementado rapidamente para evitar novos atos de violência.
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Vaias – Para muitos dos manifestantes reunidos na Praça da Independência, no entanto, o acordo foi encarado como uma traição dos líderes opositores. “Meu camarada foi baleado e nossos líderes apertam as mãos de um assassino. É uma desgraça”, bradou um manifestante com trajes de guerra no palco improvisado da praça, foco principal dos protestos contra o governo ucraniano. Alas radicais de manifestantes ameaçam pegar em armas contra o governo caso Yanukovich não renuncie neste sábado.
Principal líder opositor, o ex-boxeador Vitaly Klitschko também passou pela Praça da Independência e recebeu vaias da multidão ao elogiar as “importantes” conquistas políticas alcançadas pelo acordo. Ao pegar o microfone no palco, Klitschko se desculpou por ter apertado a mão de Yanukovich, chamado de assassino pelos manifestantes, ao assinar o pacto. “Se ofendi alguém, peço o seu perdão.”
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(Com agência Reuters)
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