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Apenas em janeiro, Portugal tem 44% das mortes de toda pandemia

Após relaxamento das restrições no Natal e Ano Novo, país foi de sucesso no combate à doença a exemplo a não ser seguido

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 1 fev 2021, 12h08 - Publicado em 1 fev 2021, 12h06
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  • Portugal registrou, ao longo de todo o mês de janeiro, 5.576 mortes provocadas pela Covid-19, o que representa quase a metade das notificações contabilizadas desde o início da pandemia. Nas últimas semanas, o país se tornou a nação a registrar mais casos diários por milhão de habitantes no mundo, e vive uma crise sanitária sem precedentes.

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    Segundo as estatísticas oficiais, a quantidade de vítimas no primeiro mês de 2021 representa 44,6% do total. Além disso, foram notificados 306.838 casos de infecção pelo novo coronavírus no país, 42,6% dos positivos registrados desde que começou a propagação do patógeno, em março do ano passado.

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    Ao longo de janeiro, Portugal teve uma média de 180 óbitos por dia. Apenas na última semana do mês, foram contabilizadas 2.013 vítimas da Covid-19.

    As internações ainda subiram mais de 70% em poucas semanas, mas começaram a cair na semana passada. Ainda assim, os hospitais do país seguem saturados. O vertiginoso aumento de casos e mortes ainda coloca casas funerárias do país à beira do colapso.

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    “Estamos numa situação de pré-catástrofe”, disse João Gouveia, responsável pela Comissão de Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a Covid-19, durante uma entrevista no sábado 30 à rádio e televisão RTP.

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    Diante da situação de caos, Alemanha e Áustria oferecessem ajuda, o primeiro país com envio de equipe médica, e o segundo com aceitação de transferência de vários pacientes da doença.

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    Os quase 10 milhões de portugueses estão submetidos desde 15 de janeiro a um segundo confinamento geral. O presidente Marcelo Rebelo de Sousa decidiu propor a prorrogação da quarentena nacional até 1º de maio, medida que provavelmente será aprovada pelo Parlamento.

    De exemplo a recorde mundial

    Elogiado por seu sucesso no combate à pandemia até o final de 2020, Portugal rapidamente se transformou em um exemplo a não ser seguido após um aumento de casos entre outubro e novembro, que foi potencializado pelas reunião de final de ano.

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    O governo decidiu reduzir as restrições sanitárias no fim de semana de Natal e Ano Novo, o que segundo especialistas pode ter contribuído para a situação atual. Médicos epidemiologistas já previam que a medida poderia levar a uma catástrofe e, inclusive, advertiram contra a decisão de não proibir a circulação e as viagens interestaduais no período de festas.

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    O país tinha uma média diária de 4.000 casos, 500 pacientes internados na UTI e 80 mortes antes das celebrações de final de ano. Mas os dados começaram a disparar a partir de 6 de janeiro de 2021, quando o recorde de 10.000 novos infectados em 24 horas foi ultrapassado pela primeira vez.

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    Ainda devido aos problemas da distribuição de vacinas na União Europeia, o ritmo da vacinação, que começou no dia 27 de dezembro, tem sido lento em Portugal. Pouco mais de 70.000 pessoas haviam tomado as duas doses da vacina contra o novo coronavírus até o final da última semana.

    (Com AFP e EFE)

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