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Ao iniciar campanha, Obama pede a americanos que não deem chance a Romney

Por Por Stephen Collinson
5 Maio 2012, 17h03

O presidente americano, Barack Obama, afirmou neste sábado que a América já sofreu demais para entregar as rédeas da economia ao candidato republicano Mitt Romney, ao dar o pontapé oficial à sua campanha.

Obama tentou reviver a magia política que o levou à Casa Branca em 2008, ameaçado por novos indícios de que a recuperação pode estar saindo dos trilhos e pelo fato de que muitos no interior do país ainda estão indecisos.

O presidente discursou em Ohio, um “swing state” (estado onde nenhum candidato possui maioria absoluta), afirmando que Romney “endossaria” algumas “má ideias”, tais como cortes de impostos para os ricos e redução de gastos com programas sociais, concebidas pelos conservadores no Congresso.

“Ohio, eu digo a vocês, nós não podemos dar essa chance a ele… Esta não é só outra eleição, este é um momento do tudo ou nada para a classe média”, afirmou.

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“Nós passamos por muita coisa para voltar atrás agora”, emendou, arrancando gritos de “Four more years!” (Quatro anos mais) da multidão reunida em uma arena esportiva.

Obama lembrou ter assumido a Presidência em 2009 em meio à maior crise econômica desde 1930, em um reconhecimento implícito que os tempos continuam difíceis para muitas pessoas, para as quais a recuperação ainda é uma miragem, em meio a uma taxa de desempego de 8,1%.

“Não desistimos. Nós não vamos desistir. Juntos estamos lutando para nos recuperar”, acrescentou.

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“Esta crise levou anos para se desenvolver e a economia ainda está enfrentando ventos contrários e será preciso um esforço contínuo, persistente, de vocês e meu, para que a América se recupere completamente”, disse Obama.

“Esta é a verdade e nós todos sabemos disso. Estamos fazendo progressos e agora nós nos confrontamos com uma escolha”, emendou.

Voltando a falar sobre Romney, no exame mais detalhado que fez até agora de seu adversário, Obama comentou uma gafe cometida pelo ex-governador de Massachusetts, que afirmou em uma ocasião, “as corporações são as pessoas”.

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“As pessoas são as pessoas”, devolveu Obama, afirmando que Romney queria simplesmente devolver o controle da economia aos conservadores, que não se importam com a classe média.

Mais cedo, a popular primeira-dama Michelle Obama se dirigiu aos operários que ainda sentem os efeitos da recessão, lembrando sua origem humilde e a luta de sua família para mandá-la, bem como ao irmão, para a universidade.

Ela pintou Obama como um homem que se ergueu com a luta de sua família, fazendo um contraste implícito com o bem nascido e rico Romney.

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“Ele é filho de mão solteira, é neto de uma mulher que acordava todos os dias antes de amanhecer para pegar um ônibus e ir para o trabalho no banco”, disse Michelle a respeito do marido.

“Barack sabe o que significa a luta de uma família. Isto é o que vocês precisam saber, América: aquelas experiências fizeram dele o homem que é hoje”, acrescentou.

“O que você tem para guiá-lo são suas experiências na vida, seus valores. Quando precisa fazer escolhas difíceis, tudo se resume ao que você é e o que você defende”, continuou a primeira-dama.

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Mais tarde, a família Obama segue para a Virgínia, outro “swing state” crucial para as eleições de 6 de novembro, para um segundo comício no primeiro fim de semana oficial de campanha de reeleição.

Em Ohio, Obama lidera Romney por 44% a 42%, segundo pesquisa de opinião da Universidade de Quinnipiac, publicada esta semana, que previu uma disputa apertada por um estado onde as taxas de desemprego são de 7,5%, abaixo da média nacional de 8,1%.

Obama obteve uma vitória esmagadora em Ohio em 2008, mas depois, este estado fortemente afetado pelo desemprego elegeu um governador republicano.

Uma média feita com base em pesquisas de opinião nacionais pelo site RealClearPolitics coloca Obama com uma estreita vantagem de três pontos percentuais sobre Romney: 47% a 44%.

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