Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Ano termina com número recorde de 251 jornalistas presos no mundo

Maioria dos profissionais foi detida por crimes contra o Estado. Para ONG, autoritarismo contra a imprensa é o "novo normal"

Por Da Redação
Atualizado em 13 dez 2018, 15h11 - Publicado em 13 dez 2018, 14h52

Em 2018, mais de 251 jornalistas foram presos enquanto exerciam a profissão. Segundo relatório do Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ), os recordes dos 3 últimos anos representam a normalização da prisão de comunicadores. China, Egito e Arábia Saudita foram os que mais aumentaram o número de detenções, e a Turquia manteve o topo da lista entre os países citados.

Depois dos turcos, que contabilizam 68 jornalistas presos, estão China (47), Egito (25) e Arábia Saudita (16). A Eritreia completa os cinco primeiros lugares da lista, empatada em número com os sauditas, com o CPJ denunciando a falta de informações sobre o estado de saúde dos comunicadores no território.

Cerca de 70% dos comunicadores presos no mundo foram detidos por crimes contra o Estado. Na Turquia, por exemplo, a maioria é acusada de manter laços com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK, na sigla em curdo), a guerrilha curda do país.

O relatório também destaca o aumento de jornalistas detidos pela divulgação de supostas notícias falsas. Em dois anos o número passou de nove para 28, 19 deles no Egito.

Não há informações sobre quais acusações pesam sobre 18% dos presos.

Em relação ao continente americano, figuram na lista a Venezuela, com três presos, e o Brasil, com um. Nos EUA, “onde os jornalistas enfrentaram um discurso hostil e violência física”, não há profissionais na prisão, mas com nove detenções ao longo do ano.

Continua após a publicidade

Na Europa há um profissional russo preso na Ucrânia e outro ucraniano na Rússia. Na Etiópia, pela primeira vez desde 2004, não há profissionais presos.

O CPJ concluiu que a “abordagem autoritária” às coberturas jornalísticas críticas se transformou em algo maior que uma tendência temporária, e que um mundo com centenas de jornalistas detidos é “o novo normal”.

Os dados foram divulgados na mesma semana em que a revista Time premiou jornalistas como as “personalidades do ano”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.