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Anne Frank: denunciada ou encontrada por acaso?

Pesquisador holandês defende que a adolescente judia pode ter sido encontrada "por acaso" em seu esconderijo em Amsterdã

Por Da Redação 17 dez 2016, 19h13
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  • Após décadas de pesquisa tentando descobrir quem denunciou a família de Anne Frank no verão de 1944, um novo estudo sugere que a adolescente judia pode ter sido encontrada “por acaso” em seu esconderijo em Amsterdã.

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    Para o museu Anne Frank House, que publicou o estudo, “é possível” que a entrada de policiais no edifício da empresa dos Frank tenha acontecido por conta de “trabalhos ilegais e tráfico de cupons de racionamento” feito por vizinhos.

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    Funcionários de outra empresa que ficava no mesmo imóvel foram presos alguns meses antes por tráfico de cupons, o que teria levado a uma batida dos policiais e, consequentemente, a uma descoberta “por acaso” dos moradores do anexo secreto.

    Até agora acreditava-se que os agentes do Serviço de Inteligência nazista haviam sido alertados por um delator. Inclusive, ao longo dos anos, muitas suspeitas foram levantadas sobre quem poderia ter denunciado, mas nunca puderam determinar com certeza a identidade do delator.

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    “Durante o ano de 1944 muitas linhas telefônicas foram cortadas e isso limitou as possibilidades de que os particulares pudessem fazer ligações”, assegura em seu artigo o autor do estudo, Gertjan Broek, destacando também que o número dos serviços de segurança “não estava na lista telefônica”.

    “Existe, portanto, uma possibilidade real de que a chamada tenha sido feita por outra agência do governo”, acrescentou.

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    Em seu diário, Anne fala  sobre a prisão de dois homens chamados apenas por “B.” e “D.”. Aparentemente eles seriam Martin Brouwer e Pieter Daatzelaar, da empresa Gies & Co., que ficava no térreo, segundo o pesquisador.

    No dia 14 de março de 1994, a jovem escreveu: “Como nossos fornecedores de cupons foram levados pelos alemães, já não temos cupons”. Isso mostra, de acordo com Broek, que os dois homens forneciam cupons aos moradores do anexo.

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    Com base no diário e em novos documentos, incluindo relatórios da polícia, o pesquisador concluiu que os agentes presentes durante a prisão não tinham o objetivo de prender judeus, mas investigar casos de fraude.

    No início da operação, o edifício não estava vigiado e algumas pessoas conseguiram sair, algo “improvável” se tivessem ido com a intenção de capturar judeus escondidos.

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    Anne Frank morreu de tifo no início de 1945 no campo de concentração Bergen-Belsen, poucos dias depois de sua irmã Margot. Seu pai, Otto Frank, foi o único sobrevivente do anexo secreto.

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    “O diário de Anne Frank”, escrito pela jovem enquanto esteve escondida, é um dos livros mais lidos do mundo, traduzido para 67 idiomas e que vendeu mais de 30 milhões de exemplares.

    Para Ronald Leopold, o diretor-geral do museu Anne Frank House, o estudo “não rejeita a possibilidade de delação, mas leva em conta outros cenários possíveis”.

    “Esperamos que outros pesquisadores também se sintam motivados a seguir novas pistas”, acrescentou.

    (Com AFP)

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