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Annan vê no plano para a Síria última oportunidade de evitar guerra civil

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8 Maio 2012, 19h01

O emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, disse nesta terça-feira ao Conselho de Segurança que seu plano de paz para a Síria pode ser “a última oportunidade de evitar uma guerra civil” no país, onde ocorrem contínuas violações do cessar-fogo.

Annan ressaltou que sua mediação “não está ilimitada no tempo” e revelou que pessoas conhecidas na Síria por apoiarem a não violência no levante foram presas pelo governo.

“O plano é a única possibilidade de estabilizar o país”, reiterou Annan em coletiva de imprensa em Genebra após seu discurso diante do Conselho, onde mostrou sua “profunda preocupação” de que a Síria “afunde em uma guerra civil total”.

“É necessário parar a matança”, clamou. No entanto, Annan declarou que “a atividade militar diminuiu levemente”, mas o cessar-fogo instaurado em 12 de abril na Síria continua sendo violado.

O emissário denunciou que “há violações cometidas pelas forças de segurança sírias, mas também atos cometidos contra estas forças governamentais”.

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Mesmo assim, Annan manifestou o seu temor de que a tortura, as prisões em massa e outras violações dos direitos humanos estejam se “intensificando” na Síria, completaram fontes diplomáticas.

Annan tem a intenção de retornar a Damasco nos próximos dias, declarou o embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, sem afirmar a data exata. O emissário viajou à Síria uma única vez no início da missão.

Segundo a ONU, mais de 9.000 pessoas morreram desde que teve início em março do ano passado uma revolta popular contra o regime sírio de Bashar al Assad.

Annan afirmou esperar que os 300 observadores internacionais que devem velar pelo cumprimento do cessar-fogo estarão todos mobilizados antes do fim do mês. Até agora só há cerca de 60 no país.

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O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou pouco antes que não perdeu as esperanças na Síria, mas acrescentou que seriam necessários “1.000, 2.000, talvez 3.000 observadores” da ONU.

Apesar da presença de observadores, a violência continua. Mais de 800 pessoas morreram desde a entrada em vigor do cessar-fogo, de acordo com Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Nesta terça-feira, outros seis civis morreram nas províncias de Idleb (noroeste), Homs (centro) e Damasco, segundo o OSDH, que se somam aos 25 mortos de segunda-feira, dia no qual o regime organizou eleições legislativas que foram boicotadas pela oposição e denunciadas pela comunidade internacional.

Questionada sobre essas eleições, Annan declarou que “talvez fariam falta novas eleições”, já que estas não estavam previstas em seu plano de paz, que propunha um “diálogo” do regime com a oposição.

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No plano humanitário, o presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Jakob Kellenberger destacou “a necessidade de aumentar a ajuda humanitária” na Síria, afirmando que os doadores são solicitados para um orçamento adicional de 27 milhões de dólares.

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