O emissário da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, disse nesta terça-feira ao Conselho de Segurança que seu plano de paz para a Síria pode ser “a última oportunidade de evitar uma guerra civil” no país, disseram fontes diplomáticas.
Apesar disso, acrescentou que o plano de seis pontos não é uma oportunidade de “final aberto” para o presidente sírio, Bashar al-Assad, segundo os diplomatas que participaram da reunião a portas fechadas de Annan com o Conselho de Segurança.
Annan manifestou o seu temor de que a tortura, as prisões em massa e outras violações dos direitos humanos estejam se “intensificando” na Síria, acrescentaram as fontes.
O emissário disse ao Conselho que as pessoas conhecidas na Síria por apoiarem a não violência no levante foram presas pelo governo, indicaram.
Annan afirmou que cabe a Assad assumir a “responsabilidade básica” para acabar com os confrontos armados e “criar um ambiente que conduza a um processo político”.
Segundo a ONU, mais de 9 mil pessoas morreram desde o início, em março de 2011, de uma revolta popular contra o regime de Assad.
Apesar da presença de cerca de 60 observadores da ONU, o cessar-fogo que começou no dia 12 de abril é violado regularmente. Um total de 300 observadores autorizados pelo Conselho de Segurança devem estar no fim do mês em território sírio.