O emissário internacional Kofi Annan expressou neste sábado em Damasco ao presidente sírio, Bashar al Assad, sua “grave preocupação” em relação à violenta repressão aos protestos de oposição, informou a ONU em comunicado.
Annan, ex-secretário-geral da ONU ,”colocou várias propostas sobre a mesa para pôr fim à violência e às mortes, para dar acesso às agências humanitárias e à Cruz Vermelha, libertar os presos e iniciar um diálogo político inclusivo”, afirmou o texto.
O comunicado não dá detalhes sobre as propostas apresentadas a Assad por Annan, que realiza sua primeira viagem a Damasco em sua qualidade de enviado da ONU e da Liga Árabe.
A ONU e a Cruz Vermelha reiteraram diversas vezes sobre a necessidade de acessar as cidades do país para oferecer ajuda humanitária.
De acordo com a ONU, mais de 7.500 pessoas morreram na Síria desde que os protestos contra o regime de Assad começaram há um ano.
Annan “expressou grave preocupação com a situação na Síria e pediu que o presidente desse passos concretos para colocar fim à presente crise”, informou o texto.
O emissário e Assad voltarão a se reunir no domingo, completou o comunicado, que indica que Annan descreveu suas primeiras conversas com o presidente sírio como “francas e exaustivas”.
Annan deve se reunir também com “líderes da oposição e jovens ativistas, assim como com proeminentes empresários e empresárias”, informou.
Annan viajará a Doha e Qatar no domingo.
A chefe de operações humanitárias da ONU, Valerie Amos, deixou Damasco na sexta-feira, depois de uma visita de três dias durante a qual esteve na cidade de Homs, que segundo ela foi “devastada”. Amos também pediu maior acesso às cidades sírias.
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