Damasco, 9 jul (EFE).- O enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, chegou a um acordo nesta segunda-feira em Damasco com o presidente da Síria, Bashar al Assad, sobre o ‘enfoque’ para resolver a crise no país árabe e que será repassado aos rebeldes sírios pelo mediador internacional.
Em entrevista coletiva depois de se reunir com Assad, Annan afirmou que o presidente sírio aceitou iniciar um diálogo político e lhe reafirmou o ‘compromisso’ de seu governo com o plano de seis pontos formulado pelo enviado para pôr fim à violência nesse país.
A iniciativa estipula um cessar-fogo – em vigor desde o dia 12 de abril, mas que foi violado pelas duas partes – e prevê a libertação dos presos políticos, a retirada das tropas das cidades e a abertura de um diálogo entre o governo e a oposição, entre outros pontos.
Annan disse que em suas conversas com Assad, que qualificou como ‘francas e construtivas’, insistiu quanto à importância da manutenção do diálogo político, algo que ‘o presidente aceita’.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sírio, Jihad Maqdisi, disse em seu perfil no Twitter que, além de debater o plano de Annan, o mediador e Assad analisaram o tratado na conferência do último dia 30 em Genebra, onde o Grupo de Ação para a Síria apresentou uma iniciativa para uma transição política.
Ambas as partes consideraram que a reunião na Suíça ‘foi um passo importante para impulsionar o processo político e criar um ambiente para o diálogo’, indicou Maqdisi.
O Grupo de Ação para a Síria é integrado por China, Rússia, EUA, França, Reino Unido, Turquia, Liga Árabe, ONU e UE; e seu plano sugere a formação de um governo transitório que inclua representantes do regime sírio e da oposição. EFE