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Alvoroço na Venezuela após acusações de juiz contra autoridades

Por Eitan Abramovich
19 abr 2012, 17h26

As declarações do ex-juiz Eladio Aponte, destituído por supostos vínculos com o narcotráfico e que revelou casos de manipulação judicial e supostas ligações de autoridades com traficantes de drogas, criaram alvoroço no país nesta quinta-feira, apesar de o governo ter negado as acusações.

A imprensa, o governo e a oposição venezuelana reagiram nesta quinta-feira à entrevista que Aponte – ex-juiz da Corte Suprema – deu na quarta-feira a uma emissora de Miami e na qual reconheceu o dano que causou ao sistema judicial de seu país ao admitir favores a funcionários do governo vinculados à droga e à guerrilha.

Os principais jornais de circulação nacional destacaram em suas capas as polêmicas declarações. El Universal, por exemplo, escreveu: “Aponte: vice-presidente controla a Justiça do país”; enquanto o El Nacional destacou: “Aponte afirma que Chávez ligava diretamente para manipular julgamentos”.

O governo preferiu minimizar as declarações do ex-juiz e o chanceler Nicolás Maduro disse que Aponte “é um homem absolutamente desprestigiado” e “foragido da Justiça” e que, por isso, “é fácil entender que (…) tenha vendido sua alma à (agência antidrogas americana) DEA”.

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Maduro se referia ao fato de o ex-magistrado ter viajado esta semana da Costa Rica para os Estados Unidos junto ao pessoal da DEA, à qual pode estar dando informações. Por isso, o chanceler acusou também os Estados Unidos de continuarem “se tornando um santuário de narcotraficantes, corruptos, traidores e terroristas”.

O chanceler inclusive criticou os veículos da imprensa por terem dado importância ao que Aponte disse. “Vários meios impressos, jornais, dão essa manchete como se ele fosse um cavalheiro honrável que está declarando com provas nas mãos, quando é um ex-magistrado processado por vínculos com o narcotráfico”, disse Maduro.

Aponte foi destituído em 20 de março pela Assembleia Nacional diante de acusações de que teria fornecido identificações oficiais a Walid Makled, um suposto narcotraficante descrito pela Justiça americana como “o chefe dos chefes da droga”. Na entrevista, o ex-juiz não esclareceu se havia assinado a credencial de Makled, mas que aceitou conhecê-lo.

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